A
comercialização de peças usadas de veículos automotores poderá ser
proibida em todo o País. A proposta (PL 4235/12), do deputado Pastor
Marco Feliciano (PSC-SP), cria exceção apenas para peças de carros
antigos e colecionáveis com documento de origem. “É evidente e notório
que a grande maioria das lojas que comercializam peças usadas de carros e
motos em nosso País são estabelecimentos de fachada, criados para
encobrir a origem criminosa de partes de veículos roubados ou furtados”,
diz o autor.
Ele discorda da ideia de que é possível criar instrumentos que
permitam o comércio de peças usadas sem que isso estimule a prática de
crimes como o roubo e o furto de veículos. “Já está claramente
demonstrada a inviabilidade desse tipo de estabelecimento em razão da
capacidade do crime organizado de se renovar”, argumentou Feliciano.
“Por isso, vejo na proibição a única forma de diminuir
significativamente o roubo violento de veículo com o objetivo de
revendê-lo”, completou.
Memória
Em 2004, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do
Desmanche já havia concluído que era preciso normatizar e fiscalizar a
venda das peças reutilizáveis dos carros irrecuperáveis. A CPMI
investigou por um ano a atuação da máfia de carros salvados - veículos
acidentados que têm perda total. Quatro anos depois, a Câmara aprovou um
projeto (PL 345/07) que disciplinava o funcionamento das empresas de
desmontagem de veículos - os chamados ferros-velhos - e regulava o
comércio de peças de reposição ou sucata. No ano passado, após ser
votado no Senado, o projeto foi enviado à sanção, mas a presidente Dilma
Rousseff vetou a proposta.
Tramitação
O projeto foi apensado ao PL 23/11. As duas propostas, que tramitam
em caráter conclusivo, serão analisadas pelas comissões de Viação e
Transportes; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Com informações da Agência Câmara
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