sexta-feira, 31 de outubro de 2014

VOCÊ SABE AS DIFERENÇAS ENTRE PEÇAS GENUÍNAS, ORIGINAIS E GENÉRICAS?

Peças dos veículosO Boletim Técnico do CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária) explica a diferença entre as peças que fazem parte do mercado automotivo

No mercado automotivo, existem diferentes tipos de peças: as genuínas, as originais e as genéricas. Mas você sabe direitinho quais as diferenças entre elas?

Genuínas

São peças de reposição que seguem as mesmas especificações e características técnicas exigidas para a peça utilizada na linha de montagem do veículo. Elas são apresentadas exclusivamente na embalagem da marca, e sua comercialização ocorre somente nas redes de concessionárias autorizadas.

Originais

São aquelas que se apresentam como substitutas das peças genuínas. Embora caracterizadas pela sua adequação ou intercambialidade, podem ou não apresentar as mesmas especificações técnicas ou a mesma qualidade da peça genuína. Por exemplo, podem ser diferentes em relação ao material usado, à resistência proporcionada, à durabilidade, entre outros fatores.

Essas peças são direcionadas ao mercado alternativo, e geralmente são fornecidas sem a logomarca da montadora.

Genéricas

Também conhecidas como peças alternativas ou paralelas, são feitas por empresas que desenvolvem os equipamentos para produzi-las. Muitas vezes, na fabricação, a empresa coloca um adesivo na peça, como se fosse um selo, além de embalá-la e vendê-la para o setor de autopeças.

As peças genéricas não são homologadas pelas montadoras e têm um custo menor.

Fonte: Boletim CESVI   

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

-AUTOESCOLAS PODERÃO SER OBRIGADAS A DAR AULAS PRÁTICAS NAS RUAS.

Treino de moto nas autoescolasA Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou em decisão terminativa, nesta quarta-feira (29), projeto de lei da senadora Ana Amélia (PP-RS) que obriga as autoescolas a promoverem aulas práticas nas ruas durante a formação dos motoristas (PLS 454/2012). A proposta recebeu parecer favorável do relator, senador Anibal Diniz (PT-AC), e seguirá direto para a Câmara dos Deputados se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado.

Na avaliação do relator, o PLS 454/2012 contribui para qualificar o processo de formação de condutores e, por consequência, elevar os padrões de segurança no trânsito. Ana Amélia chamou atenção, na justificação do projeto, para o elevado número de autoescolas que treinam os aprendizes, especialmente os motociclistas, somente em circuitos fechados.

A senadora admite que as primeiras aulas sejam realizadas em áreas especiais até que os alunos estejam “no domínio de seus veículos”. Ela não considera razoável, porém, que todo o treinamento ocorra fora de ruas e avenidas, já que é esse “o ambiente real em que os ex-aprendizes já habilitados conduzirão suas motocicletas”.

A proposta modifica o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e determina que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fixe a carga horária mínima a ser exigida para a prática de direção em vias públicas durante o processo de aprendizagem.

Com informações da Agência Senado

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

-MULHERES ESTÃO MAIS VULNERÁVEIS NO TRÂNSITO.


   
Mulheres ao volante
Elas estão mais expostas a roubos e a colisões do que antes. Fatores refletem no valor do seguro

Segundo as estatísticas, as mulheres são mais cuidadosas e atentas ao trânsito. Por isso, sempre tiveram privilégios na hora de contratar um seguro de automóveis. Há cerca de dez anos, elas podiam pagar até 40% a menos que os homens, mas essa ampla vantagem parece estar com os dias contatos. Hoje, elas ainda pagam menos, mas a variação gira em torno de apenas 8%. Para especialistas, a mudança de conduta delas pode ser a justificativa, uma vez que dirigem mais, bebem mais e se envolvem em mais acidentes do que antes. Nos últimos quatro dias, pelo menos duas motoristas morreram em acidentes no DF.

“Podemos dizer que a exposição ao risco de as mulheres se envolverem em acidentes de trânsito e de terem o carro furtado ou roubado está se aproximando ao dos homens”, entende  Manes Erlichman Neto,  sócio-diretor da Minuto Seguros, responsável pela p esquisa   de preços. Apenas um estudo mais aprofundado poderia revelar a causa exata, mas ele destaca que algumas hipóteses podem estar relacionadas “ao fato de a mulher moderna ter um comportamento próximo ao do homem em relação ao uso do veículo”. 

 Diferença

Há cinco anos, quando contratou o seguro, a empresária Maria Elysa, 46 anos, pagava R$ 2,3 mil. “Tirei o carro zero-quilômetro da loja e achei necessário, mas pelo valor tive que dividir em dez vezes. Fiquei o ano inteiro presa às prestações”, lembra. Hoje, sem se envolver em acidentes e sem a necessidade de acionar a seguradora, desembolsa R$ 1,4 mil. 

“Antigamente, o valor que as mulheres pagavam era muito mais baixo, mas agora parece que a diferença acabou. Acho que as mulheres têm se envolvido cada vez mais em acidentes, bebendo mais e menos preocupadas”, analisa. 

Ela acredita que esses fatores podem ter interferido na diferença de valores. Mesmo assim,   considera um investimento importante: “Eu aconselho a fazer porque não é um dinheiro jogado fora. Mesmo que não se envolva em acidentes, é melhor não arriscar. Muitos carros são roubados e incidentes podem acontecer”.  

Elas ainda se envolvem menos em acidentes, mas também estão em menor número nas ruas. Mais de 581 mil mulheres são habilitadas para dirigir no DF, representando 37,8% do total. Segundo  o Departamento de Trânsito (Detran), em 2013, apenas 5,3% delas se envolveram em acidentes fatais – foram 28 dos 529 condutores. 

Os dados do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos (DPVAT) também revelam a participação mínima das mulheres em acidentes de trânsito. As motoristas foram responsáveis por   7% das indenizações pagas pelo seguro  no primeiro semestre do ano – mesmo índice do mesmo período de 2013.

Inclusão “em todos os âmbitos”

As mulheres estão bebendo mais. Segundo pesquisa do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), o número de mulheres que consomem bebidas alcoólicas aumentou 36% no ano passado. Aquelas que adotam um padrão de consumo considerado nocivo – quatro unidades  em uma única ocasião – também aumentou. Entre elas, passou de 36% para 49%. 

Aumentou também o número de mulheres que possuem seguro automotivo. “Há 20 anos, 20% dos segurados eram mulheres. Hoje, são 48%. É uma questão de mercado. No passado, dirigir carro era uma atribuição muito masculina, mas elas já se incluíram em todos os âmbitos”, revela Eduardo Dal Ri, diretor de Auto e Massificados da SulAmérica.  

Exposição é menor

“Observamos muita diferença na relação entre homem e mulher ao volante, especialmente para aqueles que têm até 30 anos. Talvez porque o homem tende a ter uma direção mais esportiva quando mais jovem, enquanto a mulher, geralmente, é mais prudente no trânsito”, completa o diretor da SulAmérica.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

-ÓRGÃOS DE TRÂNSITO INVENTAM PLACAS SEM RESPEITAR PREVISÃO LEGAL.

Sinalização incorreta Crédito: G1[/caption]
Perkons ouve especialista que aponta irregularidades

É fundamental respeitar a sinalização de trânsito, tanto vertical quanto horizontal, para garantir um trânsito mais organizado e seguro para os condutores e pedestres. Porém, é necessário respeitar os padrões regulamentados para garantir o perfeito entendimento do que está sendo comunicado. Não é o que acontece na prática, já que é possível observar nas vias públicas brasileiras diversas situações nas quais não são obedecidas as regras relativas às cores e formatos das placas. Também é comum a utilização de sinalização com informações que não constam na legislação de trânsito, como na imagem ao lado.

Um exemplo comum na sinalização vertical é a utilização, para determinar parada obrigatória, de placa circular, no lugar de octogonal, com a informação “Pare”. “Além de irregular, o formato circular dificulta a percepção visual dos condutores, que já sabem que a forma octogonal, mesmo que vista pela parte de trás, trata-se de um sinal que obriga a parada do veículo e, o que não ocorre com uma placa circular, que exige sua leitura”, explica o especialista em direito do trânsito e comentarista do site CTB Digital, Julyver Modesto de Araujo. Outro sinal empregado sem qualquer regulamentação são as faixas de pedestre com fundo vermelho sem previsão na legislação de trânsito em vigor. (veja infográfico)

De acordo com Araujo, a padronização da sinalização de trânsito é fundamental para a compreensão, de todos os usuários da via pública, quanto às obrigações, proibições, restrições e demais regras viárias. “Algumas placas não estão apenas erradas, mas sim inventadas. No caso das vagas especiais de estacionamento, por exemplo, o correto é que se utilize o sinal R-6b - placa com um “E”, sem qualquer traço por cima-, seguido da informação complementar, não sendo adequado apenas inserir, na sinalização vertical, o desenho que indique o destinatário daquela vaga”, esclarece.

artigo 80 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece a obrigatoriedade de cumprimento apenas da sinalização prevista na legislação de trânsito, sendo proibida a utilização de qualquer outra. A exceção está nos casos de sinalização experimental, por período pré-fixado, devidamente autorizado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).“Como exemplo de sinalização experimental, podemos citar a placa R-41 – para circulação exclusiva de motos, motocicletas e ciclomotores -, da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), autorizada pela Deliberação do Contran nº 91/10”, afirma Modesto.

Portanto, salvo os casos excepcionais e devidamente regulamentados, os órgãos e entidades responsáveis pela implantação da sinalização de trânsito devem obedecer aos padrões regulamentados pela legislação. De acordo com o CTB e a legislação complementar, os princípios da sinalização de trânsito precisam: permitir fácil percepção; seguir padrão legal para que situações iguais sejam sinalizadas com os mesmos critérios; transmitir mensagens de fácil compreensão e evitar a ocorrência de informações conflitantes; estar permanentemente limpa, conservada e visível; entre outros.

Consequências da sinalização errada

Situações que envolvem a sinalização equivocada podem ter alguns desdobramentos., de acordo com o artigo 90 do CTB. No caso de uma sinalização de trânsito em desacordo com o regulamentado gerar uma ocorrência de trânsito, a responsabilidade civil cabe ao órgão que implantou a sinalização, conforme prevê o artigo 1º, do CTB.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

-INTERESSE POR BLINDAGEM AUMENTA 22% EM DOIS ANOS.

Veículos blindadosA vulnerabilidade dos condutores por conta do trânsito e o sentimento de falta de segurança impulsionam o mercado de carros blindados no Brasil. De acordo com o Índice WebMotors, a participação na busca por veículos blindados cresceu 22%, entre setembro de 2012 e setembro de 2014.

Segundo as informações coletadas pelo portal WebMotors, em setembro de 2012, 2,7% do total de buscas eram por automóveis blindados. Agora, mesmo com um forte crescimento do volume de procuras gerais, o percentual para este tipo de veículo passou para 3,3% do total. O que representa um crescimento de 22% por modelos com esta proteção.

Maria Regina Botter, country manager do site, afirma que fatores como o aumento do poder aquisitivo de grande parcela dos consumidores e a violência contribuíram para a crescente procura.

- Antigamente, esse tipo de segurança estava disponível apenas para modelos com valores muito altos. Entretanto, passou a ser mais acessível. A sensação de insegurança também pode ser colocada como um dos motivos que impulsiona os números.

O cenário constatado pelo WebMotors é confirmado pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Segundo informações da entidade, em 2013, foram adaptados 10.156 veículos, incremento de 21,1% em relação a 2012.

Fonte: Monitor Digital

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

-MULTAS POR ULTRAPASSAGENS PROIBIDAS FICARÃO MAIS CARAS EM NOVEMBRO.

Ultrapassagens irregularesSegundo a Polícia Rodoviária Federal, grande parte dos acidentes graves em rodovias federais acontece devido a ultrapassagens irregulares. “Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e geralmente resultam em várias mortes”, alerta Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Instituto Prevenir.

Para tentar diminuir estes índices, a Lei 12971/14, que entrará em vigor a partir de 01 de novembro, aumenta o valor das multas por ultrapassagens irregulares e participação em rachas.

Para quem ultrapassar em local proibido pela sinalização, em curvas, pontes, cruzamentos e acostamentos, a multa será agravada em cinco vezes e passará de R$ 191,54 para R$ 957,70. Para quem for flagrado forçando a ultrapassagem a multa ficará ainda mais cara, ela passará para R$ 1.915,40. “Baseado em outros exemplos sabemos que o fato da multa pesar no bolso dos motoristas, traz uma redução no número de infrações. É importante, nesse caso, aumentar a fiscalização, para que o cidadão não tenha a sensação de impunidade”, diz Mariano.

Já para os condutores que participarem ou promoverem rachas, a multa foi agravada em dez vezes e passou para R$ 1. 915,40.  A punição dobra em caso de reincidência no prazo de um ano após a primeira multa.

Crimes de trânsito

A legislação também ficou mais rigorosa para crimes de trânsito.  O texto determina que a prática de racha em via pública que resultar em morte poderá ter pena de cinco a dez anos de prisão. Já em caso de lesão corporal grave, a pena será de três a seis anos. O simples ato de praticar um racha também tem a pena elevada em um ano, para detenção de seis a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter carteira de motorista. Hoje, a pena para quem pratica corridas nas ruas é de detenção de seis a dois anos.

O endurecimento das punições também se estende para quem é pego dirigindo sob efeito de álcool ou de substâncias psicoativas que causam dependência. Nesses casos, a pena passa a ser de prisão por período entre dois e quatro anos. Hoje há apenas sanções administrativas, como multa e apreensão do veículo e da carteira de habilitação.

Dicas para uma ultrapassagem segura

Segundo o especialista Celso Alves Mariano, para realizar uma manobra de ultrapassagem com segurança, os condutores devem seguir algumas dicas: 


  • Ultrapassar somente em locais onde seja permitido, em plenas condições de segurança e visibilidade.

  • Ultrapassar somente pela esquerda.

  • Antes de ultrapassar, não “colar” no veículo da frente para não perder o ângulo de visão.

  • Certificar-se de que há espaço suficiente para executar a manobra.

  • Conferir, pelos retrovisores, a situação do tráfego atrás do próprio veículo.

  • Verificar os pontos cegos do veículo.

  • Se tiver alguém iniciando uma manobra para ultrapassar, facilitar e aguardar outro momento.

  • Se todas as condições forem favoráveis, incluindo potência suficiente do veículo para realizar a manobra, sinalizar e ultrapassar.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

-MANTER A ATENÇÃO NO TRÂNSITO SALVA VIDAS.

Falta de atenção no trânsitoAs distrações podem fazer o motorista perder mais do que alguns segundos

Nossos sentidos são capazes de nos afastar de grandes perigos. Por outro lado, quando estamos dispersos ou sobrecarregados de informações, nosso sistema sensorial age mais devagar, e no trânsito essas condutas podem causar acidentes – muitas vezes fatais.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 46% das colisões em rodovias brasileiras ocorridas em 2012 foram causadas por motoristas desatentos. E o problema não é apenas no Brasil: no mesmo ano, a agência americana de segurança viária, National Highway Traffic Safety Agency (NHTSA), registrou 3.092 óbitos em acidentes causados por distração, o que corresponde a 10% dos desastres registrados nas rodovias federais dos Estados Unidos.

Para a neurologista mineira Marília Denise Mariani Pimenta, o homem é o maior peso da tríade formadora do trânsito (homem-via-veículo). “Dirigir envolve carga emocional e cognitiva, e o motorista precisa prioritariamente ter atenção, sem distrações”, informa. De acordo com ela, é preciso ter todas as condições para avaliar os vários estímulos que ocorrem simultaneamente e o tempo todo, vindos dos meios interno (luzes do painel, barulhos e/ou cheiros diferentes) e externo (vias, pedestres, animais, outros veículos, obstáculos, ambiente em geral).

Na opinião de Luiz Gustavo Campos, especialista em Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana da Perkons, estar atento pode realmente salvar vidas, principalmente tendo em vista que o tempo de frenagem, diante de uma situação em que ela é necessária, aumenta substancialmente com a desatenção. “O indivíduo atento ao tráfego e ao caminho que está fazendo tem melhores condições de reagir a tempo de evitar choques, além de diminuir as chances de errar o trajeto”, comenta.

José Aparecido da Silva, PhD em Percepção e Psicofísica pela Universidade da Califórnia e professor do Departamento de Psicologia e Educação da Universidade de São Paulo, destaca a visão e outros sentidos importantes para a direção: o tato, na hora de avaliar o toque, a textura e a largura, na relação com os itens do carro; o cinestésico ou propriocepção, que proporciona a sensação de movimento, fazendo com que o condutor tenha a exata noção de onde estão seus membros e qual o movimento estão fazendo sem ter de olhar para eles; o vestibular, sistema responsável pelo equilíbrio (impulsos enviados ao cérebro controlam o movimento dos olhos ou os músculos que mantêm o corpo firme e em estabilidade motora); e o olfativo, importante quando percebemos um cheiro de queimado, por exemplo.

Para Pimenta, a atenção envolve principalmente dois sentidos: a visão e a audição. “Assim, não poderiam dirigir pessoas cegas, pois não veriam os ambientes interno e externo do veículo; pessoas alcoolizadas, pela lentidão para processar os variados estímulos e realizar as ações pertinentes a eles, além do grande risco de dormir ao volante; pessoas com sonolência excessiva, como nas apneias do sono, onde a sonolência funciona como embriaguez; pessoas sob efeito de medicamentos ou drogas que comprometam o estado de alerta; pessoas com crises epilépticas não controladas, mesmo que sejam espaçadas, pois podem ocorrer no volante. Teriam risco aumentado as pessoas surdas, pois não ouviriam uma buzina, uma freada brusca, um apito de trem ou de policial, um alerta de passageiro do veículo; as com alterações cognitivas pela dificuldade e/ou impossibilidade de processar os estímulos; as com determinadas alterações motoras, como sequelas de AVC e Doença de Parkinson, pelas limitações inerentes; as com alterações psiquiátricas mais sérias (principalmente do humor e comportamento).”

Em prol de uma maior atenção

José Aparecido considera também que, para reverter as estatísticas de acidentes, causados em grande parte por desatenção, é preciso que o exame de habilitação seja mais rigoroso. “Para viajarmos com segurança, o condutor deveria fazer um teste de inteligência que apontasse um QI acima de 90 e que implantássemos o Hazard Perception Test, utilizado na Austrália, que observa como o candidato reage em situações de perigo no trânsito”, opina. Para ele, o governo deveria fomentar, ainda, celulares que desligassem automaticamente quando o carro estivesse em movimento. Além disso, na opinião de Pimenta, aplicativos como “Mãos no Volante”, que não deixam o celular tocar, enviando uma mensagem a quem está ligando informando que o dono do aparelho está dirigindo, deveriam vir de fábrica obrigatoriamente. No entanto, atualmente, está apenas disponível para o sistema Android.

Quanto aos celulares, fones de ouvido e viva-voz, Pimenta lembra que eles podem aumentar o número de acidentes em 23 vezes, sendo de 3 a 9 vezes mais eventos com vítimas fatais. “E o risco é o mesmo para os três!” Nem mesmo a música está fora de produzir riscos, até ao pedestre. A médica conta que estudos em Paris e nos EUA dão conta de que estes tiradores de atenção podem aumentar a chance de pedestres se envolverem em acidentes em 3 vezes. “Já há locais, como na Inglaterra, onde o pedestre é proibido de andar usando estes equipamentos que causam distração”, acrescenta.

O poder público pode ainda trabalhar com a conscientização. A Dinamarca, por exemplo, criou a campanha “Durante a condução de um veículo, apenas dirija” (em tradução livre), que compara as distrações – ainda que pequenas – como o motorista colocar um saco de papel na cabeça enquanto conduz.

Dicas para manter a atenção focada no trânsito Aqueles que são desatentos devem tomar algumas medidas para garantir uma condução segura:
  • Eliminar todo e qualquer estímulo que possa competir com o ato de dirigir. Para o pedágio, por exemplo, é importante já separar o dinheiro com antecedência. “Acontecem muitas situações em que o motorista, ao se aproximar de um pedágio, se distrai para procurar o dinheiro, diminuindo a capacidade motora, resultando na perda do controle do automóvel”, explica José Aparecido.

  • Em casa, buscar simuladores on-line com o objetivo de observar sua atuação em situações de risco.

  • No dia a dia, realizar atividades que fortaleçam a atenção, como leitura e jogos voltados para este fim.

  • Nunca subestime a capacidade de um momento de desatenção trazer problemas na condução de um veículo. “Até as menores e mais simples distrações podem acarretar em graves consequências; afinal, muitas vezes, a diferença entre a ocorrência ou não de acidentes pode estar em poucos segundos”, lembra Luiz Gustavo.

  • Use aplicativos como o “Mãos no Volante”, que ajudam a evitar acidentes ao inibir o uso do celular na direção. “No mundo moderno, tem causado cada vez mais preocupação o uso de desviadores  da atenção, sendo os mais significativos os celulares, os fones de ouvido e os dispositivos em viva-voz”, opina Marília Denise.


Tabela


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

-MOTOCICLISTA DESMONTADO EMPURRANDO A MOTO.

Motociclista na calçadaHá algum tempo atrás fizemos um comentário acerca do tratamento que deve ser dispensado ao motociclista que esteja desembarcado empurrando uma motocicleta, e na ocasião nossa conclusão era de que a Legislação era omissa quanto ao tratamento a ser dispensado. A situação tem se tornado cada vez mais comum porque os motociclistas procuram encurtar o caminho que teriam que percorrer, utilizando a contramão, as calçadas ou mesmo retornos sem utilizar o veículo pelo leito carroçável, na mão de direção, entre outras obrigações de qualquer veículo automotor.  Lembramos na época que o Código de Trânsito dá tão-somente ao ciclista quando desembarcado o tratamento de pedestre.

A motocicleta é um veículo automotor, que requer além das exigências de registro e licenciamento no órgão estadual, equipamentos obrigatórios, etc., habilitação de seu condutor na categoria ‘A’, capacete, etc., e sua circulação deve obedecer as regras de qualquer veículo, salvo peculiaridades.  O ciclista enquanto montado é um condutor de veículo, devendo seguir pelo leito da via e obedecer as regras de qualquer outro veículo, porém quando desmontado seu condutor, ele passa a agir como pedestre, podendo usar calçadas, faixas de pedestre, etc.  Detalhe que essa prerrogativa é apenas para o ciclista, portanto um condutor de carro-de-mão, ainda que com os pés no chão, não é um pedestre e sim um condutor de veículo,  não devendo usar calçadas, observar regras de circulação, etc.

A conclusão que nos parece mais razoável é que o motociclista desembarcado mereça equiparação a um condutor de veículo de propulsão humana como um carro de mão, pois apesar de ser um veículo automotor por sua natureza, seu uso naquele momento não é compatível com a movimentação por seus próprios meios. Assim poderia ser cobrado o cumprimento das regras de circulação de qualquer veículo (contramão, calçada,retornos e conversões), mas não haveria que se exigir habilitação ou capacete, porém é possível a exigência de que não circule sobre calçadas e contramão, já que até de um carro-de-mão seria exigível. 

Equipamentos obrigatórios, licenciamento e registro também poderiam ser exigidos apenas por se encontrar na via pública e em circulação (que não estejam sobre plataformas na condição de carga), ainda que com o motor desligado, pois mesmo de veículos estacionados são exigíveis.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

-CINCO DICAS PARA PREVENIR ACIDENTES COM CRIANÇAS.

Acidentes com criançasAcidentes acontecem por falta de conhecimento e atenção, e os mais suscetíveis são as crianças. Esses acidentes, ou lesões não intencionais, são a principal causa de morte infantil no Brasil. No total, cerca de 4,7 mil crianças, entre um e quatorze anos, morrem e 125 mil são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. As principais causas estão relacionadas à atividades realizadas no cotidiano, mas estudos mostram que pelo menos 90% dessas lesões podem ser evitadas por meio de ações preventivas. Confira abaixo cinco dicas de prevenção:

1.Vigilância constante perto da água

No Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte mais comum. É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim, elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, banheiras e vasos sanitários. Por isso, um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças. Além disso, pequenos cuidados como esvaziar baldes, manter a tampa do vaso sanitário fechada, proteger piscinas com cercas de pelo menos um metro e meio de altura, portões com cadeados e alarmes, fazem toda a diferença.

2.Cuidado redobrado com crianças na rua

A independência da criança deve ser incentivada, porém, na hora de atravessar a rua, elas não devem ser deixadas sozinhas. Ensiná-las a olhar várias vezes antes de atravessar, utilizar a faixa de pedestres, caminhar em linha reta, obedecer aos sinais de trânsito e não correr sem olhar para os lados, são pequenas dicas que evitam fatalidades.

3.Cadeiras, assentos e cinto de segurança são essenciais

A melhor proteção para a criança no carro é usar cadeiras e assentos de segurança. O cinto é projetado apenas para adultos com no mínimo 1,45 metro de altura e por isso não protege os pequenos dos traumas de um acidente. Os cuidados devem ser tomados mesmo que seja para curtas distâncias. Dados apontam que 60% dos acidentes de trânsito acontecem em um raio de três quilômetros de casa. Por isso a importância de não sair de carro sem os sistemas de retenção.

Entretanto, não basta apenas comprar um desses artigos para garantir a segurança da criança. As cadeiras precisam ser certificadas, apropriadas ao peso e que se adaptem devidamente ao veículo. O equipamento também deve ser instalado de acordo com as instruções do manual.

4.Produtos tóxicos sempre trancados

Colocar objetos na boca ou tentar pegar frascos com líquidos coloridos são comportamentos característicos das crianças, mas que podem colocá-las em grande risco de envenenamento e intoxicação não intencional. Segundo o Ministério da Saúde, o envenenamento é a quinta causa de hospitalização por acidentes com crianças de um a quatro anos.

Guardar todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance das crianças; manter os produtos em suas embalagens originais; nunca deixar produtos venenosos sem atenção enquanto os usa; não se referir a um medicamento como doce, pois isso pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer; e saber quais plantas dentro e ao redor de sua casa são venenosas, para removê-las ou deixá-las inacessíveis aos pequenos, diminuem significativamente as chances de risco.

5.Sufocação e engasgamento também podem ser evitados

Dentre os acidentes, a obstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte de bebês de até um ano de idade. Até os quatro anos, a criança fica muito exposta a este tipo de risco, pois é nesta fase que inicia a exploração do mundo ao seu redor por meio dos sentidos - tato, audição, paladar, visão e olfato. Esse tipo de acidente pode ser evitado por meio de pequenas ações, como: cortar os alimentos em pedaços pequenos; colocar o bebê para dormir de barriga para cima, em colchão firme, cobertos até a altura do peito; procurar berços certificados pelo Inmetro, conforme as normas de segurança da ABNT; remover do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia; tirar do alcance das crianças objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas e tachinhas; comprar somente brinquedos apropriados para a idade, verificando as indicações no selo do Inmetro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

-TESTES MOSTRAM QUE BICICLETAS INFANTIS COMPROMETEM SEGURANÇA.

Bicicletas infantis são testadasProteste realizou o teste com cinco marcas, apenas uma foi aprovada. As outras quatro apresentaram riscos para as crianças

A falta de segurança das bicicletas infantis agora está comprovada. Dos cinco modelos avaliados pela Proteste, entidade que atua na defesa e no fortalecimento dos direitos dos consumidores brasileiros, apenas um não é perigoso, o da Caloi, e, por isso, foi o único aprovado.  

Problemas de segurança em rodinhas e freios

Nos protótipos das fabricantes Colli e Track & Bikes, as rodinhas auxiliares – acessórios imprescindíveis para ajudar a manter o equilíbrio – ficaram deformadas durante o teste de fadiga. Isso representa um grande e perigoso risco de queda para a criança ao andar de bicicleta.

Foram detectadas também falhas nos freios – casos do dispositivo dianteiro da marca Tito, que ultrapassa a força máxima de acionamento de frenagem, podendo causar um capotamento, e do traseiro da Track & Bikes, que demora muito até conseguir finalmente parar a bicicleta. 

Selim, garfo e correntes trazem riscos à criança  

Outro dos vários e sérios problemas de segurança avistados, que incluíram ainda rachaduras e rupturas no selim e no garfo, foi a falta de proteção das correntes, aumentando o perigo de dedos e cadarços ficarem presos entre esse acessório e as rodas.

Manuais incompletos dificultam montagem

Não bastasse o risco que as bicicletas oferecem à criança, elas ainda são difíceis de montar.

Além da omissão sobre detalhes de ajuste, os manuais não trazem informações básicas e expostas claramente sobre itens de igual importância, como manutenção, conservação e limpeza.

E apenas um deles – o da Tito – traz um dado elementar que deveria constar de todo guia: o peso total admissível na bicicleta.    

Recomendações

Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 136 crianças de até 14 anos morreram e 2.427 foram hospitalizadas vítimas de acidentes com bicicletas.  

Ao andar de bicicleta, um dos maiores perigos é a lesão na cabeça, que pode levar à morte ou deixar sequelas permanentes. A maneira mais efetiva de reduzir esse tipo de lesão é usar o capacete. Esta única medida de segurança pode reduzir este risco, incluindo a possibilidade de traumatismo craniano, em até 85%. "Não basta utilizar o capacete, ele deve estar bem afivelado, ser certificado pelo Inmetro e ter o tamanho adequado para a criança", afirma Celso Alves Mariano, diretor do Instituto Prevenir.

Além desses cuidados, existem outros que são muito importantes, de acordo com o especialista. "Para a criança a bicicleta é um brinquedo, e como os pequenos não tem noção ainda dos perigos existentes, eles não devem andar na rua, os pais devem optar por locais seguros, como parques, ciclovias e praças, longe do fluxo de carros e sempre ter a companhia de um responsável", conclui Mariano.