quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

-DICAS PARA TRANSFORMAR AS CRIANÇAS EM PEDESTRES CONCIENTES.

Levar os filhos para um passeio requer uma porção de cuidados. Passar protetor solar, levar comida e bebida e planejar bem o roteiro são apenas alguns dos itens com que os pais devem se preocupar antes mesmo de sair de casa. Já com os pés na rua, o alerta deve ser ainda maior: com o trânsito cada vez mais perigoso, é imprescindível estar sempre de olho nos pequenos. Por isso, usar a faixa de segurança é um momento de aprendizado.

Um dos grandes segredos está na conversa. Não adianta tentar ensinar tudo com rápidas instruções enquanto o sinal ainda estiver vermelho para pedestres. O coordenador de educação para o trânsito do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran/PR), Juan Ramón Soto Franco, destaca a necessidade de propor uma conversa prévia com a criança. "É preciso fazê-la compreender por que ter esse comportamento. Não é uma questão de imposição, mas de fazer com que ele compreenda que essa é a única maneira que ele tem de preservar sua integridade física e até mesmo sua vida", diz.

Entre as formas de estimular essa compreensão, Franco orienta que os pais apontem as experiências pelas quais o filho ainda deve passar: brincadeiras na escola, momentos com os amigos, adolescência, casamento, ter filhos. "Também é importante que fique claro que esse cuidado deve existir porque os pais não querem perder o filho de modo algum e que, por conta disso, ele deve ser cauteloso", orienta.

Já na rua, uma boa dica é mostrar exemplos de comportamentos equivocados. Alguém que corre em meio aos carros ou que desrespeita a sinalização - como um semáforo vermelho para pedestres - pode servir para ilustrar o que não se deve fazer. Para a hora da travessia, as orientações servem tanto para pais quanto para filhos. De acordo com orientações do Detran do Distrito Federal, é preciso sempre atravessar na faixa, com o sinal fechado para carros. Caso não haja faixa, a regra do semáforo segue valendo. Atravessar longe de curvas é outro cuidado, além de erguer o braço na hora de cruzar, o que ajuda a chamar a atenção dos motoristas.

Não há idade certa para que os pais permitam que seus filhos atravessem a rua sozinhos. Segundo Franco, isso depende muito da desenvoltura de cada criança. "Algumas pessoas são muito espertas e ligadas já com dez anos, da mesma forma que pode haver casos de adolescentes que geralmente não saem de casa a pé, e esses certamente precisam de acompanhamento. Cabe fazer uma avaliação específica de cada caso", afirma. Para testar a preparação dos pequenos, vale pedir que eles orientem os pais na hora de atravessar. "O pai para na calçada e pede que o filho o ajude a cruzar a rua. Depois de olhar para os dois lados e verificar se o sinal de carros está fechado, podem seguir em frente. O pai tem de estar ao lado do filho até que se certifique de que ele aprendeu. Ainda assim, não dá para confiar de olhos fechados. Esse aprendizado tem de ser acompanhado de perto por muito tempo", acrescenta.

Uma parceria entre a ONG Criança Segura Safe Kids Brasil e a Perkons, empresa paranaense de implantação de lombadas eletrônicas, deu origem a uma cartilha voltada à formação de pequenos pedestres. Entre as orientações dadas a pais e educadores, está a possibilidade de ensinar a partir de brincadeiras, fazendo encenações com carrinhos de brinquedo ou percorrendo um caminho de obstáculos em um estacionamento. Começar desde cedo também é importante: já nas primeiras caminhadas com a criança, vale falar sobre regras de trânsito e alertar para os possível perigos de se estar na rua - é imprescindível ensiná-las o que significam os sinais de trânsito.

Cuidados como esses é que são capazes de diminuir a média de 1,2 mil mortes de crianças entre quatro e 14 anos por atropelamento anualmente no Brasil, de acordo com a ONG. O guia também orienta os pais a buscarem lanternas ou materiais reflexivos para as roupas dos filhos, além de ensiná-los a andar na calçada sempre que possível. Além disso, traçar uma rota sem a necessidade de um grande número de travessias pode facilitar a chegada à escola ou à casa de amigos.

Fonte: Terra.com.br

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

-IMPLANTAÇÃO DE CHIP PARA IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS É ADIADA.



O início da implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), previsto para o segundo semestre deste ano, foi adiado novamente, desta vez, para junho de 2015. A prorrogação do prazo obrigatório para equipar veículos comerciais com chips eletrônicos, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), se deve ao pedido de tempo maior para se adaptarem ao projeto feito pelos departamentos estaduais de trânsito (Detrans) e empresas interessadas em fornecer o sistema.

Ainda segundo o MCTI, o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) está ofertando ao mercado o chip CTC13100, que poderá ser usado por empresas que estão desenvolvendo soluções para o Siniav. A fabricante de chip estatal, vinculada ao ministério, fornecerá também suporte técnico às empresas interessadas no desenvolvimento de tags para uso no projeto.

Já houve sucessivos adiamentos no cronograma para implantação do Siniav, que prevê a adoção gradual antes da obrigatoriedade de instalação nos veículos e tem como um dos objetivos prevenir roubos de veículos no país. Com as sucessivas prorrogações do prazo, empresas de software calculam que estejam perdendo cerca de US$ 1,75 bilhão. Entre a gama de funcionalidades, o Siniav permite localizar um veículo que tenha sido roubado, associá-lo ao proprietário, evitando clonagens, e relacionar serviços públicos e privados à placa eletrônica correspondente ao automóvel.

Fonte: TI Inside online

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

-MOTORISTA NÃO PODERÁ MAIS TER NENHUMA QUANTIDADE DE ÁLCOOL NO SANGUE.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), órgão do Ministério das Cidades, publicou nesta terça-feira no Diário Oficial da União a resolução que regulamenta a nova Lei Seca, sancionada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff. O texto está mais rigoroso e não permite nenhuma quantidade de álcool no sangue do condutor, que será autuado administrativamente por qualquer concentração de bebida.

O Contran regulou a Lei 12.760/2012, que determinava que cabia ao órgão determinar a nova margem de tolerância. Agora, se o condutor soprar o bafômetro e o aparelho marcar igual ou acima de 0,05 miligramas por litro de ar ele, ele será autuado e responderá por infração gravíssima. Nos exames sangue, a tolerância é zero: não será permitida qualquer concentração de álcool.

O texto diz que também será considerado crime quando o bafômetro marcar igual ou superior a 0,34 miligramas por litro de ar. No exame de sangue, a concentração de álcool maior ou igual a seis decigramas já caracteriza crime. Quem for flagrado com essas concentrações será encaminhado à delegacia. A pena é a detenção de seis meses a três anos, multa, e suspensão do direito de dirigir.

A medida acaba com a margem de tolerância de um décimo de miligrama (0,10) de álcool por litro de ar, nos exames de bafômetro, e de no máximo duas decigramas por litro de sangue, nos exames, os patamares aceitados anteriormente.

Após a autuação, a pena é a multa de R$ 1.915,30, recolhimento da habilitação, suspensão do direito de dirigir por 12 meses e retenção do veículo, até a apresentação de outro motorista habilitado.

Com a nova lei, serão admitidos vídeos e outras provas, como o depoimento de um policial, testes clínicos, e outros testemunhos, para provar a embriaguez do motorista. Será necessário um conjunto desses sinais para provar a embriaguez.

Quem reincidir na infração, verá o valor da multa ser duplicado, que poderá chegar a R$ 3.830,60, além da suspensão do direito de dirigir por doze meses.

Quando o motorista se negar a fazer o bafômetro, o agente poderá aplicar a autuação administrativa e preencher um questionário, que deverá ser anexado ao da autuação. Neste caso, o motorista também poderá ser encaminhado à delegacia.

O questionário apresenta informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outros aspectos.

Fonte: O Globo.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

-DICAS DE ETIQUETA NO TRÂNSITO.

O trânsito é um local de grandes manifestações da falta de educação de algumas pessoas, assim, a Psico-drive lista para você algumas dicas de etiqueta no trânsito!

Lixo pela janela

Lixo nas ruas nunca! Além de ser feio quando você observa pessoas abrirem o vidro do carro e jogarem seus lixos na rua, isso é também uma falta de respeito com todos e com a natureza. Uma lixeirinha dentro do carro, daquelas cedidas pelos Postos de Combustíveis ou até mesmo uma sacolinha de supermercado é a solução para evitar essa atitude negativa!

Buzinas

Buzina não é campainha, assovio de paquera e nem medida de protesto! Buzinar sem um real motivo é falta de educação e infração no Código de Trânsito Brasileiro. A buzina é para ser utilizada para advertências, ou antes de ultrapassagens em rodovias e o principal, com toques breves.

Som alto

Carro não é discoteca! Som altíssimo é proibido por lei! Utilize outros artifícios, chame a atenção sendo gentil e respeitando as regras de trânsito, isso é raro e muito mais agradável!

Sirenes

Atentos às sirenes, elas devem ser respeitadas! Dar passagem aos carros de bombeiro, ambulância e polícia é mais do que um gesto de boa educação, é de respeito à vida! Esses carros devem sempre ter preferência, pois estão atendendo a algum chamado importante, então, nada de ficar na frente, dê passagem!

Celular

Pessoas ao celular atrapalham o trânsito e cometem infração sim! Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir falando ao celular, ainda que com fones de ouvido é falta média sujeita a multa. A atenção deve estar totalmente voltada ao tráfego!

Invisível

Trânsito é vitrine! Nada de achar que não está sendo observado ao retocar a maquiagem, tirar espinhas, entre outras coisas enquanto o sinal está fechado. As pessoas olham para os lados quando estão no trânsito e não é nada agradável esse tipo de cena. Conforme-se, seu carro não o torna invisível!

Cruzamento

Obstruir cruzamentos para aproveitar o semáforo aberto e prejudicar toda a fluidez do trânsito é infração gravíssima e colabora muito na causa dos congestionamentos. O problema é que muitos reclamam ao se depararem com um carro atrapalhando sua passagem, mas não pensam duas vezes antes de acelerar para passar no sinal amarelo e acabar ficando parado no meio da via.

Dê setas

Planejamento e sinalização! Simples assim! O uso da seta pode evitar diversos acidentes de trânsito. Se planeje ao mudar de faixa ou dobrar uma rua e comunique os demais qual será sua ação!

Ver a desgraça dos outros

Uma fila de carros e um congestionamento enorme... ao ver um carro parado todos diminuem para ver o que aconteceu. Diminuir por segurança, isso sim! Mas quase parar para ver a desgraça alheia, nunca! Tem ainda aqueles que param para perguntar o que aconteceu e acabam causando novos acidentes.

Ainda temos outros casos de falta de educação no trânsito, como: roubar a vaga de outro motorista na hora de estacionar, parar em fila dupla ou na faixa de pedestres, passar em poças d’água e molhar as pessoas na calçada, ultrapassar pela direita e não dar toda a preferência para os pedestres.

sábado, 26 de janeiro de 2013

-VEÍCULOS RECEBEM SELO DE ECONOMIA DO INMETRO PARA FACILITAR COMPRA.

Três pontos são decisivos na hora de comprar o tão sonhado zero quilômetro: modelo, potência e economia. Os dois primeiros geralmente dependem do gosto do “freguês”, mas o fator economia sempre gera dúvidas entre os motoristas. Para isso, o Inmetro vai exibir neste ano selos de economia em 327 modelos de carros, classificando-os de “A” a “E” por consumo de combustível, como já ocorrem com os eletrodomésticos.

Em Campo Grande algumas concessionárias de veículos já atuam com o selo do Inmetro para auxiliar os clientes no momento da compra. Na Auto Master, da montadora Ford, o utilitário Ecosport e a pick-up Ranger chegam da fábrica com as indicações de economia. “É uma forma de orientar os clientes na hora da compra”, comentou Francisco, gerente de vendas.

A linha Economy da Fiat / Enzo em Campo Grande vem com os selos A e B, são eles: o Novo Uno, o Pálio Fire e Uno Mille. O gerente de vendas Maylon Vilasboas comentou que a maioria das pessoas ainda não tem informações sobre o selo emitido pelo Inmetro. “As pessoas já nos procuram pela tradição de a Fiat ter os veículos mais econômicos do mercado, no entanto, nossos vendedores orientam os clientes quanto ao selo do Inmetro, que é um argumento de venda”, ressaltou.

A identificação do Inmetro acontece desde 2008, mas ganhou forças em 2013. Neste ano houve a adesão voluntária de 25 montadoras, que representam 70% do volume de vendas no mercado de veículos. O Ence (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) será implantado apenas em veículos novos. Ao todo, o instituto avaliou 327 modelos. Os carros com menor consumo energéticos serão classificados na categoria “A”, já os com maior consumo serão classificados como “E”.

A economia entre veículos de modelos diferentes da mesma marca, ou de fabricantes diferentes com o mesmo motor, pode girar em R$ 1.600 por ano em combustível, de acordo com o Inmetro. Em cinco anos, isso representaria cerca 40% do valor de um veículo popular avaliado em R$ 20 mil, por exemplo.

Pesquisando um veiculo que será utilizado para o trabalho, o técnico em telecomunicações, Guilherme Augusto Azevedo, 20 anos, se interessou por um modelo com selo A. “Preciso de um carro popular e quanto mais econômico melhor já que vou utilizá-lo para viajar também”, afirmou.

Já o pedreiro Aguinaldo Ferreira Borges, 43 anos, conta que irá adquirir seu primeiro carro zero quilômetro e vai procurar informações sobre o selo do Inmetro. “Quero saber direitinho se são mais econômicos mesmo porque assim escolho melhor”.

O gerente de vendas da concessionária Perkal Chevrolet, Carlos Vilamaior, explica que o selo representa estudos realizados em condições do Inmetro e que o motorista deve ter o cuidado adequado com a manutenção do veículo para que ele realmente siga a tabela. “É preciso realizar as revisões e manutenções preventivas, assim como calibrar os pneus de forma correta e verificar o peso do veículo, pois isso influencia no consumo de combustível. Os carros estão cada vez mais avançados, tornando maior a vida útil e baixando o consumo de gasolina”, explicou o gerente.

Vilamaior comentou que a Perkal não tem carros com o selo, mas que se prepara para receber estes veículos. “Todos buscamos economia e o selo só tente a ajudar. Vai ser muito bom para o consumidor poder contar com esse auxílio no momento da compra”, disse.

Fonte: MidiaMax

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

-ÁLCOOL É MAIS VANTAJOSO PARA MOTORISTAS DE SP, GO, E MT.

Os preços do etanol nos postos de combustíveis seguem competitivos em relação à gasolina nos Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso, de acordo com dados da ANP (Agência  Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) referentes a semana encerrada em 18 de janeiro.

Nos demais 23 Estados brasileiros e no Distrito Federal, a gasolina segue mais competitiva, assim como na média do Brasil.

Segundo o levantamento, o preço do etanol está hoje em 69,27% do preço da gasolina em São Paulo. Em Mato Grosso, a relação está em 65,87%, enquanto em Goiás, o porcentual é de 69,75%.

A gasolina está mais vantajosa principalmente em Roraima (preço do etanol é 88,91% do valor da gasolina).

O preço médio da gasolina no Estado de São Paulo está em R$ 2,629 o litro. Na média da ANP, o preço do etanol em São Paulo ficou em R$ 1,821 o litro.

A vantagem do etanol é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder nos motores à gasolina. No cálculo, são utilizados valores médios coletados em postos em todos os Estados e no Distrito Federal.

Fonte: Midia News

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

-MOTORISTAS OBESOS TÊM MAIS CHANCES DE MORRER EM ACIDENTES.

Para quem está acima do peso, eis um motivo a mais para fazer as pazes com a balança: motoristas obesos são mais propensos a morrer em acidentes de carro que pessoas com peso saudável. Os dados são de uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Os dados são do jornal Daily Mail.

Os cientistas contaram com dados de 6806 motoristas envolvidos em 3403 colisões, dos quais 18% foram classificados como obesos, 33% estavam acima do peso e 46% tinham peso saudável.

Constatou-se que os que apresentavam Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 (obesidade mórbida) tinham 80% mais chances de morrer; entre 35 e 39,9 (obesidade severa), 51%; e entre 30 e 34,9 (obesidade), 21%. As mulheres são mais prejudicadas, sendo que as que têm IMC de 35 ou mais praticamente dobraram o risco em relação às de peso normal.

O motivo para tal desvantagem é que as pessoas gordas são impulsionadas mais para a frente durante uma colisão porque o a gordura adicional impede que o cinto de segurança aperte imediatamente contra os ossos da pelve. Fora isso, podem ser mais propensas a ter problemas de saúde.

Fonte: Terra.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

-INDICE DE INFRAÇÃO NO TRÂNSITO REVELA UMA SOCIEDADE DOENTE.

A educação no trânsito é indicador importante para se aquilatar o nível de respeito que se tem em relação ao próximo em uma comunidade.

Conduzir um veículo obedecendo as normas legais é também saber lidar com as necessidades e pressões do dia a dia, entendendo as circunstâncias a que estamos sujeitos inexoravelmente a cada momento. Por isso, verificar que em Fortaleza, de janeiro e novembro de 2012, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) registrou 478.422 infrações de trânsito, aumento de 10,6% na comparação com o ano anterior, é fato revelador de uma sociedade que vivencia um fenômeno nada animador.

O mais grave é que muitas das infrações cometidas já são consideradas como normais, não exigindo esforço para que se possa visualizá-la a todo instante na cidade.

Observamos com frequência motoristas estacionando em calçadas, carros ultrapassando o limite de velocidade permitido, motociclistas utilizando o celular ou circulando nas calçadas, desrespeito ao sinal vermelho. O fato é que, a julgar pelos dados dos órgãos fiscalizadores, mais da metade dos veículos de Fortaleza foi responsável pelo número de multas.

O que torna mais alarmante esse quadro é que a própria AMC admite ser o número de multas registrado pequeno quando comparado à quantidade de infrações cometidas pelos motoristas. Conclusão perfeitamente aceitável diante do aparato de fiscalização existente em Fortaleza.

É ainda lamentável aceitar como norma a avaliação de especialistas segundo a qual a presença da fiscalização altera o comportamento do condutor, sendo até mais importante do que a multa. Ora, mesmo que o aumento da fiscalização implique em diminuição das infrações, não se justifica que isso seja aceito como fator inibidor.

O correto, e aqui, principalmente em virtude dos riscos inerentes ao trânsito, é que o guiador seja o seu próprio fiscal de suas atitudes. Assumir o ato de negligência apenas para ludibriar a autoridade pública, trata-se de ação doentia de quem não tem amor a sua vida, nem a do próximo. Infelizmente, todavia, é o que presenciamos corriqueiramente, o que é inaceitável, sob todos os aspectos.

Fonte: O Povo.com.br

sábado, 19 de janeiro de 2013

-PROJETO ISENTA VEÍCULOS DE TRANSPORTE ESCOLAR DO IPI.



Está em análise na Câmara o Projeto de Lei 4475/12, do deputado Júlio Campos (DEM-MT), que isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os veículos utilizados para o transporte escolar. Pelo texto, o proprietário desses veículos poderá utilizar o benefício a cada dois anos.

Antes do período de dois anos, o carro adquirido com isenção somente poderá ser vendido se continuar a ser utilizado no transporte escolar. O descumprimento dessa norma poderá acarretar no pagamento do tributo, atualizado na forma da legislação tributária, além de multa e juros.

Segundo a proposta, o imposto continuará a incidir sobre matérias-primas, produtos intermediários, embalagens e acessórios opcionais.

Estímulo

De acordo com Júlio Campos, a medida tem por objetivo incentivar a renovação da frota de veículos escolares e estimular a economia. “O mesmo tipo de benefício fiscal tem sido concedido, há muitos anos, nas aquisições de automóveis feitas pelos taxistas e pessoas com deficiência, com excelentes efeitos econômicos e sociais”, sustenta.

Tramitação

O projeto tramita em conjunto com o PL 5773/09, que tem caráter conclusivo e será votado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

-PROJETO PERMITE A RENOVAÇÃO DA CNH EM QUALQUER UNIDADE DA FEDERAÇÃO.

Os exames de aptidão física e mental necessários para a renovação da Carteira Nacional  de Habilitação (CNH) poderão ser realizados em qualquer estado e no Distrito Federal. É o que prevê o Projeto de Lei 4670/12, do deputado Paulo Foletto (PSB-ES). Atualmente, os exames clínicos só podem ser feitos “no local de residência ou domicílio do examinado”.

O autor concorda que essa exigência deve ser aplicada na primeira avaliação de aptidão física e mental, uma vez que o processo de habilitação de condutores de veículos automotores envolve outras etapas de exames a serem cumpridas pelos candidatos.

Já quando se trata da renovação dos exames, argumenta Foletto, tal exigência não se justifica. “Não são raros os casos de pessoas que se encontram por longos períodos fora de seu domicílio, muitas vezes por causa de trabalho, e ficam impedidas de renovar sua habilitação por estarem em outra unidade da Federação”, ressalta.

Tramitação

O projeto, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Lei 9.503/97), tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

-NOVA LEI SECA ESTÁ NA CONTRAMÃO DOS ACIDENTES.

A nova lei seca entrou em vigor no dia 21.12.12. Apesar de bem-intencionada, já nos cinco primeiros dias de vigência (período do Natal de 2012) entrou em colisão frontal com a realidade: nas rodovias federais ocorreram 222 mortes, 38% mais que em 2011 (O Globo de 27.12.12, p. 7). Como se vê, a nova lei seca, apesar das promessas e esperanças de que poderia solucionar o problema, tem tudo para dar em nada, em termos de diminuição de acidentes e mortes no trânsito.

E se não der em nada não será mero acidente. É mais do que previsível que a nova lei seca vá repetir o que aconteceu com as leis anteriores na área, porque não estamos fazendo as coisas certas, ou seja, em matéria de trânsito estamos na contramão, porque não fazemos (ou não fazemos bem) o que deveria ser feito: educação, engenharia (das estradas, ruas e carros), fiscalização intensa e contínua, primeiros socorros e punição rápida e eficaz (respeitando-se o devido processo legal) (EEFPP). Nossa resposta consiste sempre em novas leis mais duras, maior punição, maior multa, mais facilidade para as prisões etc.

Com isso o legislador e o governo se iludem e, ao mesmo tempo, enganam a população, que é uma vítima que vive seduzida por mais vitimização (em razão de um processo pré-histórico chamado, por Nietzsche, de mnemotécnica da vingança). O tom festivo, comemorativo, do povo e da mídia, com as novas leis penais mais duras, deixa o governo na cômoda posição de deixar de tomar as medidas acertadas para enfrentar com eficácia o problema. Pena é que enquanto alguns brindam a chegada de novas leis mais duras, os mortos acabam ficando sem palavras (Zaffaroni, A palavra dos mortos).

Essa política da enganação legislativa, na área da segurança viária, começou sistematicamente com o Código de Trânsito brasileiro em 1997, quando o Datasus já registrava 35.620 mortes no trânsito. Quando esta lei parou de surtir o efeito desejado, modificou-se o CTB em 2006 e aí já contávamos com 36.367 mortes. Não tendo funcionado bem essa nova lei, veio a Lei Seca de 2008, quando alcançamos o patamar de 38.273 mortes.

De 2009 para 2010, logo depois de passada a ressaca da lei seca de 2008, aconteceu o maior aumento de óbitos no trânsito de toda nossa história: 13,96%. Aumento notável na frota de veículos, sobretudo de motocicletas (hoje com 75 milhões no total), frouxidão na fiscalização, morosidade na punição e erros crassos da lei, tal como a exigência de comprovação de 6 decigramas de álcool por litro de sangue: foi dessa maneira que chegamos em 2010 a 42.844 mortes (dados do Datasus).

O apoio popular e midiático às medidas legislativas severas, duras, acaba deixando o legislador e o governo inebriados, cheios de esperanças e de expectativas (muitas vezes até sinceras). O eminente deputado Edinho Araújo (relator do projeto da nova lei na Câmara dos deputados) disse: “A boa notícia de fim de ano é que a nova lei seca, sancionada pela presidente Dilma, é válida já durante as festas de fim de ano e no Carnaval” (Folha de S. Paulo de 29.12.12, p. A3). A má notícia é que as mortes, nas rodovias federais, aumentaram 38% no período do Natal.

As prisões, depois da lei nova, explodiram. Mas as mortes não diminuíram. No ano de 2011 aconteceram 8.600 óbitos nas rodovias federais. Isso levou o governo a lançar (maio de 2011) o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada). Mesmo assim as mortes não pararam. Então começaram a discutir a nova lei seca. Enquanto discutiam a lei nova, os dados levantados pela Polícia Rodoviária Federal diziam que o número de acidentes causados por embriaguez ao volante aumentou em 50% (de 2011 para 2012 – O Globo de 26.12.12., p. 19).

Nosso Instituto Avante Brasil está projetando, para 2012, 46 mil mortes no trânsito (porque estamos crescendo 4% ao ano, desde 2000). Somente no mês da Copa do Mundo morrerão de 6 a 7 mil pessoas no trânsito (veja nossos levantamentos no institutoavantebrasil.com.br).

A sede de vingança, que é herança da pré-história (diz Nietzsche), obscurece nossa razão, transformando o castigo em pura emoção (como dizia Durkheim), que deixa todos (população e mídia) cegos pela paixão. Adoramos a festa da vingança (Nietzsche), ainda que seja irracional e emotiva. Mas com isso ficam para trás as coisas certas que deveríamos fazer para enfrentar nossos graves problemas de convivência. Esquecemos que “O homem que é mestre de suas paixões é escravo da razão” (Cyril Connolly, inglês, crítico). 

Luiz Flávio Gomes

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

-PEQUENAS INFRAÇÕES NO TRÂNSITO PODEM RESULTAR EM TRAGÉDIAS.



Pequenas infrações, grandes tragédias. Cada descuido ou comportamento displicente no trânsito pode originar um acidente grave ou mesmo mortes. Pelo menos é o que acreditam autoridades de trânsito, uma vez que a maioria dos acidentes acontecem em locais que são conhecidos pelos motoristas e a menos de 10 quilômetros de suas casas.
É a falta de uso do capacete ou da viseira, dirigir sem cinto de segurança ou falando ao celular ou com fone de ouvido, andar na contramão em pequenos trechos, ou mesmo avançar o sinal vermelho. Todas essas atitudes que parecem banais, podem acarretar danos materiais e físicos, que na maioria das vezes, não têm como ter sua gravidade prevista ou calculada.
O psicólogo e mestre em Comportamento do Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS), Renan da Cunha Soares Júnior, comenta que “esses comportamentos e também outros que muito embora não se fale tanto ou pareçam sem gravidade, podem incorrer em acidentes e muitas vezes as pessoas não conseguem enxergar o risco”.


Fonte: Correio do Estado

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

-ACIDENTE DE TRÂNSITO COM CELULAR É CRIME INTENCIONAL.

O motorista que provocar um acidente ou atropelar alguém por estar falando ao celular enquanto dirige deve responder por crime doloso, ou seja, intencional. Na prática, a decisão do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, significa que, nesses casos, os réus serão julgados por um júri popular e estarão sujeitos a penas mais severas do que se condenados por um crime culposo, quando não é intencional.

Ao julgar o recurso do administrador de empresas Márcio Assad Cruz Scaff, acusado de ter atropelado e matado a policial rodoviária federal Vanessa Siffert, o juiz da 3ª Turma do TRF-1, Tourinho Neto, considerou que “as provas produzidas até o momento sugerem que o réu assumiu o risco de produzir o resultado [morte da policial]”, mesmo estando dentro dos limites de velocidade permitida.

Se for condenado pelo crime de homicídio simples, o administrador pode pegar de seis a 20 anos de prisão, em regime fechado. Caso respondesse por crime culposo, estaria sujeito a pena que varia de um a três anos. Além disso, em 2011, o Instituto Nacional do Seguro Social anunciou que passaria a cobrar judicialmente dos motoristas que provoquem acidentes de trânsito dolosos os gastos com benefícios previdenciários pagos às vítimas que tiverem que se afastar do trabalho. A primeira "ação regressiva" de ressarcimento por acidente de trânsito foi ajuizada na Justiça Federal em 3 de novembro, pelo próprio ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves.

Para o presidente da Comissão de Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso, Thiago França Cabral, a decisão, “inflexível”, contribui para combater a impunidade no trânsito.

“Casos como esses, além de um grande absurdo, são frequentes em nosso país. Por isso, a importância de se ter um [Poder] Judiciário forte, inflexível e implacável em suas decisões. Não só por uma questão de justiça, como também como forma de combater a impunidade no que diz respeito à violência no trânsito”.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2008, mais de 300 mil brasileiros perderam a vida em acidentes de trânsito, situação que, em 2009, levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a apontar o Brasil como o quinto país em mortes no trânsito

Scaff atropelou Vanessa na noite de 26 de outubro de 2006, na BR-316, em Ananindeua, no Pará. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o administrador dirigia conversando ao celular quando ultrapassou os carros parados em uma barreira da Polícia Rodoviária Federal, avançou sobre os cones de sinalização e atingiu a policial de 35 anos, que estava em serviço e morreu em razão dos ferimentos. Consta do processo que Scaff também estava visivelmente embriagado e admitiu ter usado substâncias entorpecentes na véspera da ocorrência. Três cigarros de maconha e mais 4,7 gramas da substância foram encontradas no interior do veículo.

Em agosto de 2010, a 4ª Vara Federal Federal Criminal do Pará decidiu que Scaff seria julgado por um Tribunal de Júri por crime doloso, já que havia assumido o risco ao dirigir de forma desatenta e por ter consumido drogas na véspera. O réu então recorreu ao TRF-1, que negou o pedido para que a denúncia fosse alterada de crime doloso para culposo.

Fonte: O Povo online