sexta-feira, 29 de março de 2013

ZONA 30: MENOS VELOCIDADE, MAIS VIDAS (4)


A primeira cidade a implantar a Zona 30 foi Buxtehude, na Alemanha, em 1983. A partir daí muitas cidades da Alemanha, França, Belgica, Itália, Holanda, Áustria, Reino Unido, Dinamarca. Bruxelas, na Bélgica, já conta com 4,6 km de ruas que só podem ser transitadas a 30 km/h.

Barcelona completou em 2010 mais de 200 km de zonas 30. Londres percebeu uma queda de 40% no número de acidentes e na Bélgica a queda foi de 72%.

Em Setembro de 2011 o Parlamento Europeu fez a recomendação para que todas as cidades façam adesão ao projeto e, em 2012, uma iniciativa popular pede que a UE institua, como lei, em todo seu território, a Zona 30.

No Brasil, segundo projeção do Instituto Avante Brasil, em 2013 acontecerá, no trânsito, 1 morte a cada 11 minutos (cerca de 48 mil mortes no ano todo).

Só na última década (2001/2010) a frota nacional de veículos aumentou 101,2%. Nessa direção, no mesmo período, o número absoluto de mortes no trânsito cresceu cerca de 40% (4,06% ao ano); a taxa de mortes por 100 mil habitantes cresceu 26,6% (cálculos baseados nos dados do Datasus-Ministério da Sáude).

Contudo, se a mortandade no trânsito é expressiva e crescente, a mortandade de motociclistas é ainda mais grave, vertiginosa e preocupante. Enquanto o número total de mortos no trânsito cresceu 40,3% entre 2001 e 2010, o número de motociclistas mortos no mesmo período cresceu 250%, saltando de 3.100 vítimas (em 2001) para 10.825 (em 2010).

Dessa forma, de 30.524 mortos no trânsito em 2001, saltamos para 42.884 em 2010 (aumento de 40,3%) e, de uma taxa de 17,7 mortos/100 mil habitantes há dez anos, alcançamos a de 22,4 mortes/100 mil habitantes, em 2010 (aumento de 26,6%).

No Brasil, além de não enxergarmos e não agirmos contra a gravidade de um grande e calamitoso problema, contribuímos para fomentá-lo ainda mais.

É preciso instituir medidas que ajudem a diminuir esse quadro, e a Zona 30 pode ser uma solução para o trânsito trágico e nefasto de muitas cidades brasileiras.

O exemplo do Rio Janeiro com a Zona 30

De acordo com Mauro Cezar de Freitas Ferreira, Diretor do Centro de Comunicação e Educação para o Trânsito da CET-Rio, todas as áreas do tipo zona 30 foram implantadas por ocasião do “Dia Mundial Sem Carro”.

Desenvolveu-se uma identidade visual que foi implantada em conjunto com placas de advertência e regulamentação. Também foi implantada sinalização horizontal e em alguns poucos casos elementos de “traffic calming”.

Ipanema e Ilha do Governador foram as áreas com maior quantidade de acidentes registrados antes da implantação e variação de números mais significativa. Comparando o 1º semestre de 2011 com o 1º semestre de 2012 (as implantações ocorreram no segundo semestre de 2011), pode-se dizer, com base nos dados do 190 da Polícia Militar, que houve uma redução de 75% no número de acidentes com vítimas na área da Ilha do Governador e que na área de Ipanema chegamos ao índice ideal de nenhum acidente com vítima no 1º semestre de 2012.

“Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado” (Helena Besserman Viana, brasileira, psicanalista).

quinta-feira, 28 de março de 2013

-A IMPORTÂNCIA DO USO DO CAPACETE.



O aumento da frota de motocicletas trouxe uma consequência trágica para as ruas do país, o crescimento dos acidentes e mortes envolvendo motociclistas. “O capacete é o equipamento para condutores e passageiros de motocicletas e similares que, quando utilizado corretamente, minimiza os efeitos causados por impacto contra a cabeça do usuário em um eventual acidente”, afirma Elaine Sizilo, pedagoga, especialista em trânsito.

Estudos efetuados para avaliar a eficácia do uso de capacetes, demonstraram que, o seu uso pode prevenir cerca de 69% dos traumatismos crânio-encefálicos e 65% dos traumatismos da face. O capacete protege o usuário desde que utilizado corretamente, ou seja, afivelado, com todos os seus acessórios e complementos. “É importante verificar se o capacete apresenta o selo do Inmetro, pois esta é a garantia de que este capacete foi testado de acordo com as normas estabelecidas por um organismo de certificação competente”, lembra Sizilo. Ainda segundo a especialista, a recomendação é utilizar somente os chamados capacetes “fechados”, que protegem toda a cabeça.

Quem não usa o capacete, além de estar colocando a própria vida em risco, comete uma infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e suspensão direta do direito de dirigir.

Viseira
As viseiras fazem parte do capacete e protegem os olhos e parte da face contra impactos de chuva, poeira, insetos, sujeira e detritos jogados ou levantados por outros veículos. Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto causa um grande estrago se o piloto não estiver suficientemente protegido.

Os óculos comuns não proporcionam uma proteção adequada, pois são facilmente arrancados em caso de colisão e até pelo vento, se o piloto girar a cabeça. Além disso, mantém muito exposta uma boa parte da face e não impedem o lacrimejamento causado pelo excesso de vento. Portanto, o equipamento adequado para capacetes sem viseira é o óculos de proteção, desenvolvido especialmente para esta finalidade.

Transitar sem viseira ou óculos de proteção (ou com a viseira levantada) também é infração de trânsito gravíssima, com multa de R$ 191,54 e suspensão direta do direito de dirigir.

terça-feira, 26 de março de 2013

-SAIBA PORQUE COMPRAR CARRO NO BRASIL É TÃO CARO.



Um dos sonhos de consumo de muito brasileiros com certeza é ter um carro na garagem e parar de depender do transporte publico. Mas, mesmo com o IPI reduzido, este bem continua com um valor alto, e quem tenta adquiri-lo acaba se metendo em dívidas por longos anos.

Por que será que um carro é tão caro no Brasil? Quantos e quais impostos fazem o preço desse bem cobiçado subir tanto? "Existe incidência de elevados tributos diretos e indiretos, o que eleva custo do veículo para chegar ao consumidor final. Possuímos uma infraestrutura e logística que potencializam os valores e uma demanda por veículo ainda aquecida. Além disso, o dólar está em alta", conta Milad Kalume Neto, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da JATO Dynamics do Brasil.

De acordo com relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado no final de 2012, o Brasil arrecada mais impostos e contribuições (federais e locais) do que a maioria dos países da América Latina. Enquanto a carga tributária no nosso país é de 32,4% do PIB, nos demais países analisados na América Latina ela é de 19,4%.

Mas a lista de tributos que encarecem não somente os carros, mas outros bens, ficará mais clara para nós ainda este ano. Isso porque, a partir de junho, todas as notas fiscais emitidas de qualquer produto deverão mostrar o quanto pagamos de tributos para os governos municipais e estaduais, além do federal. Essa lei já é um começo para que nós, consumidores, tenhamos a oportunidade de saber o quanto realmente vale o produto comprado.

As notas fiscais deverão trazer discriminados os valores de impostos. No caso dos carros, serão:

ICMS: Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
ISS: Imposto sobre serviço

IPI: Imposto sobre produto industrializado

IOF: Imposto sobre operação financeira

PIS: Programa de Integração Social

Cofins: Contribuição social para financiamento da Seguridade Social

IR: (Imposto de Renda)

IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)

Todos esses impostos incidem no carro que sai da concessionária, e são variáveis de acordo com o modelo. E o bem pode ficar ainda mais caro se você pretende equipá-lo. "Os carros são caros e os opcionais também são. Entretanto, destaco que é o preço que o consumidor está disposto a pagar por aquele determinado equipamento", explica Milaid.

Segundo o especialista, todos os carros estão ficando caros, até os populares mais conhecidos, a exemplo do Palio e do Gol. Em 10 anos ouve um aumento muito grande dos mesmos. Veja as comparações:

Palio em 22/01/2003: USD 4.623,53 (aproximadamente R$ 9.395)

Palio em 22/01/2013: USD 11.712,99 (aproximadamente R$ 23.800), um aumento de 253,33%

Gol em 22/01/2003: USD 6.019,71 (aproximadamente R$ 12.232)

Gol em 22/01/2013: USD 16.651,20 (aproximadamente R$ 33.835), um aumento de 276,61%

E se você é daqueles que está comemorando, pensando que com o detalhamento dos impostos o carro poderá ficar mais barato, fique atento. As coisas não são bem assim: "O que poderá ocorrer é uma força do consumidor para reduzir os impostos pagos", diz Milaid.

Fonte: Vila Mulher

segunda-feira, 25 de março de 2013

-CARROS SÃO TESTADOS PARA CHECAR SEGURANÇA, VEJA RESULTADOS.



Os cintos de segurança e airbags fazem toda a diferença na segurança dos ocupantes de um veículo na hora de uma colisão. Porém, uma pesquisa da Latin NCAP divulgou que tanto motorista quanto passageiros estão expostos a alguns riscos que as montadoras não se atentam. Confira como foram os testes:


Celta sem airbag: o carro teve pontuação de uma estrela, em um ranking de até cinco, para a segurança de passageiros adultos e de duas estrelas para crianças. A baixa nota se deu por conta do alto risco de morte, pois a carroceria não absorveu o impacto da colisão trazendo risco elevado de lesão frontal à cabeça do motorista.

A proteção do peito do motorista que foi baixa e existiam estruturas perigosas na parte inferior do painel que poderiam comprometer os joelhos dos passageiros. Há um alto risco de lesão grave para a parte inferior da perna e do pé do motorista devido a ruptura do assoalho. Quanto às crianças, o modelo testado ofereceu proteção adequada, porém as cadeirinhas foram incompatíveis com o cinto de segurança do veículo.

Corsa Classic sem airbag: o modelo recebeu uma estrela para a proteção tanto dos adultos quanto das crianças. O carro apresentou alto risco de morte decorrente do impacto da cabeça do motorista no volante. O rompimento do assoalho representa uma ameaça para os membros inferiores do motorista, além de a parte inferior do painel poder comprometer os joelhos dos passageiros.

O principal problema com o teste infantil foi a cadeira para crianças de três anos. Ela não conseguiu evitar o excessivo deslocamento para frente na colisão, mas não houve contato da cabeça com o banco da frente. As instruções de instalação foram insuficientes porque elas não estavam afixadas no equipamento de retenção. Além de a cadeira ter sido incompatível com o cinto de segurança do veículo.

Cruze LT com airbag duplo: o carro recebeu quatro estrelas para a segurança dos adultos e três para a das crianças. A proteção do peito foi adequada e não houve contato visível dos joelhos e da tíbia do motorista com o painel. Mas, havia estruturas perigosas na parte inferior do painel que poderiam impactar contra os joelhos de um passageiro de maiores dimensões.

Já os assentos infantis para um ano e meio e três anos ofereceram proteção suficiente. Porém, as instruções de instalação, em ambas as cadeirinhas, eram insuficientes por não estarem afixadas nos equipamentos de retenção. O carro também contavam sistemas de ancoragem ISOFIX e instalados com conectores ISOFIX.

Meriva GL Plus com airbag: o modelo se mostrou adequado para adultos (três estrelas), porém perigoso para as crianças (uma estrela). O carro ofereceu uma boa proteção às cabeças dos motoristas e acompanhantes. Porém, possuía estruturas na área do painel que poderiam colocar em risco os joelhos dos ocupantes. Além disso, no impacto, a tampa do porta-malas se abriu, implicando um risco para os ocupantes.

A cadeira infantil, para a criança de três anos, não pôde evitar um excessivo movimento para frente durante o impacto. As instruções de instalação eram insuficientes e o veículo não advertia sobre os perigos associados à instalação de uma cadeira infantil, olhando para trás, no banco do ocupante da frente com um airbag ativado.

Fiat

Novo Uno sem airbag: foram registradas baixas proteções dos passageiros (uma estrela para adultos e duas para crianças). No caso dos adultos, há um alto risco de morte decorrente do impacto da cabeça do motorista no volante e baixa proteção do peito. Estruturas rígidas do painel podem causar danos aos joelhos dos passageiros; já para o condutor os riscos são para os joelhos e fêmur. O rompimento do assoalho representa perigo para os pés e membros inferiores do motorista.

Os assentos infantis para um ano e meio e três anos foram adequados. As instruções de instalação para ambas as cadeirinhas foram insuficientes, pois não estavam coladas ao dispositivo de retenção. A cadeirinha para crianças de três anos é incompatível com o cinto de segurança do veículo

Palio ELX 1.4 com airbag: o carro foi classificado com três estrelas para a segurança dos adultos e duas para a das crianças. Foram encontradas estruturas perigosas na área do painel que poderiam impactar nos joelhos do ocupante. Os cintos da frente contavam com protensores – mecanismo que remove a largura da correia em uma etapa precoce do impacto, melhorando o rendimento do cinto – que não se desempenharam bem no impacto.

No caso das crianças, as cadeiras recomendadas eram incompatíveis com o sistema dos cintos de segurança do carro. Embora o airbag do acompanhante pudesse ser desativado mediante um interruptor, a informação acerca de como utilizar esse interruptor era insuficiente.

Palio ELX 1.4 sem airbag: uma estrela para adulto e duas para criança. O carro apresentou inaceitável alto risco de lesões mortais para a cabeça do motorista apresentado pelo volante, a proteção para o peito do motorista foi fraca e existiam estruturas perigosas na área do painel que poderiam impactar nos joelhos do mesmo.

O desempenho da retenção infantil foi adequado, apesar de as instruções de instalação serem insuficientes. As cadeirinhas recomendadas eram incompatíveis com o sistema de cintos de segurança do carro.

Ford

Ecosport com airbag duplo: o modelo apresentou alta segurança, com quatro estrelas para adultos e três para crianças. O cinto de segurança do acompanhante não contava com pré-tensionador - sistema que contrai o cinto de segurança na hora do impacto. Foram observadas estruturas perigosas na parte do painel que poderiam impactar os joelhos dos passageiros.

Foi detectada uma forte desaceleração na parte do peito da criança de 18 meses. O veículo não proporcionava nenhuma advertência quanto aos perigos associados à instalação de uma cadeirinha infantil olhando para trás no banco do acompanhante com um airbag ativado.

Fiesta com airbag duplo: a segurança para adultos e crianças foi classificada com quatro estrelas. Foram observadas estruturas perigosas na área do painel que poderiam impactar os joelhos dos passageiros. O veículo não oferecia nenhuma advertência quanto aos perigos associados à instalação de uma cadeirinha infantil olhando para trás no assento do acompanhante com um airbag ativo.

Focus Hatchback com airbag duplo: a classificação do carro foi de quatro e três estrelas para adultos e crianças respectivamente. O airbag e cinto mantiveram os ocupantes seguros. No entanto, há estruturas perigosas que podem causar danos aos joelhos do motorista e do acompanhante. Todas as portas se abriram facilmente com o impacto.

A cadeirinha infantil para crianças de três anos era assegurada com cinto de três pontos. A cabeça ficou bem protegida, embora tenha apresentado uma aceleração do peito bem alta. Já a de um ano e meio recebeu boa proteção. As cargas no pescoço estiveram acima dos limites superiores de desempenho.

Ka Fly Viral sem airbag: foram registrados baixa segurança para adultos (uma estrela) e boa para crianças (três estrelas). No impacto frontal, a cabeça e o peito dos passageiros bateram no volante e o aro foi arrancado da coluna de direção. Há estruturas perigosas na parte baixa do painel que poderiam impactar nos joelhos e oferecem pouca proteção para a parte inferior das pernas dos ocupantes.

Geely

CK 1 1.3 sem airbag: para a segurança das crianças, o carro recebeu duas estrelas, porém não recebeu nenhuma para os adultos. A proteção oferecida ao motorista foi pobre para a maioria das áreas do corpo, sendo que a instalação de airbags nesse carro não melhoraria a fraca integridade da carroceria.

O sistema de retenção infantil para a criança de 18 meses apresentou um desempenho adequado. O sistema de retenção para a criança de três anos atingiu pontuações máximas graças à carroceria extremadamente fraca que contribuiu para a absorção da energia do impacto. Contudo, as instruções de instalação eram insuficientes em ambas às cadeirinhas infantis, além de terem sido incompatíveis com o sistema de cintos de segurança do carro.

Honda

City com airbag duplo: tanto a segurança dos adultos quanto a das crianças receberam quatro estrelas. Foram observadas estruturas perigosas na área do painel contra as quais poderiam impactar os joelhos dos passageiros.

As cadeirinhas infantis com o ISOFIX para crianças de três e um ano e meio foram capazes de evitar um movimento excessivo para frente no impacto, oferecendo uma boa proteção em ambos os casos.

Hyundai

HB20 Hatchback com airbag duplo: o veículo foi classificado com três estrelas para a segurança dos adultos e uma para das crianças. Os sistemas de retenção ofereceram uma proteção fraca ao peito do motorista, além de o carro ter apresentado estruturas perigosas no painel que poderiam impactar os joelhos dos passageiros.

A cadeirinha infantil de 3 anos evidenciou fraturas devido à carga e houve contato da cabeça com a parte posterior do banco do motorista. A aceleração da cabeça e do peito ficou acima do limite de desempenho. Para a criança de 1 ano e meio se observou uma alta carga na parte do peito.

Jac

J3 com airbag duplo: o modelo foi classificado com uma estrela para a segurança dos adultos e duas para a das crianças. No impacto frontal, a cabeça e o peito do motorista comprimiram o airbag até o fundo. A área dos pés do lado impactado sofreu uma grande deformação, aproximando-se os pedais dos pés do motorista, o que representa um risco para a parte inferior das pernas. Além disso, o painel na área dos pés começou a se desprender do caixilho, deixando um acesso direto ao compartimento da parte inferior do carro.

A cadeirinha infantil para a criança de três anos não conseguiu evitar um excessivo deslocamento para diante no impacto e as instruções de instalação eram insuficientes.

Nissan

March com airbag duplo: foram dadas duas estrelas para a segurança dos adultos e um das crianças. Foi observada uma fraca proteção às pernas do motorista, devido a um deslocamento para trás dos pedais. O assento infantil para três anos não conseguiu evitar o excessivo deslocamento para frente no impacto, mas a cabeça não impactou contra o encosto do banco do motorista. As instruções de instalação da cadeirinha foram insuficientes por não estarem afixadas no equipamento.

Tiida Hatch com airbag duplo: foi registrado alto nível de segurança para adultos (quatro estrelas) e baixo para crianças (uma estrela). Existiam estruturas perigosas na parte baixa do painel que poderiam impactar contra os joelhos dos ocupantes.

A aceleração do peito para os bonecos de um ano e meio e três anos foi bem alta, sendo que o pescoço do de um ano e meio sofreu alta tensão no teste. As instruções de instalação de ambas as cadeirinhas foram insuficientes e não ficavam unidas a elas.

Tiida Hatch com airbag para motorista: o modelo apresentou três estrelas para a segurança do adulto e uma para a da criança. A proteção da cabeça do passageiro adulto foi baixa devido às fortes desacelerações, sendo que a proteção do pescoço e do peito registrou risco médio.

A cadeirinha infantil, recomendada pela montadora, falhou no impacto frontal produzindo um excessivo deslocamento para frente do boneco de três anos, além de ter quebrado durante o impacto, revelando frágil proteção para o peito das crianças.

Peugeot

207 compact 5P 1.4 com airbag: ambas as seguranças foram classificadas com duas estrelas. Os cintos e airbags foram incapazes de impedir que o peito do motorista impactasse com o volante durante a batida, resultando em um nível de proteção baixo. Assim como a proteção oferecida às pernas do motorista, devido às altas cargas nas pernas e o deslocamento posterior dos pedais.

A proteção oferecida às crianças foi pobre devido às cargas extremadamente altas. As instruções de instalação das cadeiras continham informação insuficiente para indicar corretamente ao usuário como instalá-las.

207 compact 5P 1.4 sem airbag: foi registrada baixa proteção para adultos (uma estrela) e crianças (duas estrelas). Existe alto risco de lesões mortais para a cabeça do motorista apresentado pelo volante e a proteção das partes baixas das pernas do motorista foi fraca devido ao grande deslocamento dos pedais da embreagem e o freio.

A proteção oferecida à criança de 18 meses na cadeira infantil olhando para frente foi pobre devido às cargas sobre o pescoço extremadamente altas. A cabeça da criança sofreu anomalias no impacto.

Renault

Fluence com airbag duplo: o carro apresentou boa segurança para adultos (quatro estrelas) e média para crianças (duas estrelas). Os cintos não estavam equipados com pré-tensores e foram observadas estruturas perigosas na zona do painel que poderiam impactar os joelhos dos passageiros.

As instruções de instalação do banco infantil eram insuficientes e não ficaram unidas de forma permanente aos assentos.

Sandero sem airbag: o modelo foi classificado com uma estrela para adultos e duas para crianças. A cabeça do motorista impactou no volante, contudo, o impacto foi leve. Já a cabeça do acompanhante recebeu boa proteção. Já a parte inferior das pernas teve uma proteção marginal, devido ao deslocamento dos pedais em direção ao motorista. A área dos pés ficou intacta depois do impacto. Os bonecos infantis receberam cargas altas na zona do peito.

Toyota

Corolla XEI com airbag: foi registrada alta proteção para adultos (quatro estrelas) e fraca para as crianças (uma estrela). O carro, assim como os outros, tinha estruturas perigosas no painel que representavam um risco tanto para os joelhos do motorista quanto para os do acompanhante. A cadeirinha infantil recomendada para crianças de três anos falhou e o boneco bateu a cabeça no encosto do banco do motorista.

Etios com airbag duplo: o veículo recebeu quatro estrelas para a segurança dos adultos e duas para a das crianças. Foram observadas estruturas perigosas na área do painel contra as quais poderiam impactar os joelhos dos passageiros. O boneco que representava uma criança de três anos ultrapassou o limite de excursão para frente e foram atingidos os limites biomecânicos dos bonecos testados.

Volkswagen

Bora com airbag duplo: ambas as seguranças foram classificadas com três estrelas. Foram observadas estruturas perigosas na área do painel e do console central contra as quais poderiam impactar os joelhos dos passageiros e o pré-tensor do cinto de segurança do passageiro apresentou desempenho fraco.

O carro contava com etiquetas de advertência quanto aos perigos associados à instalação de uma cadeirinha infantil olhando para trás no banco do acompanhante com um airbag ativo, contudo, as etiquetas não estavam unidas de forma permanente ao veículo.

Gol Trend 1.6 com airbag: a segurança dos adultos foi classificada com três estrelas e a das crianças com duas estrelas. A proteção do peito do motorista foi insatisfatória e foram achadas estruturas perigosas na área do painel que poderiam impactar nos joelhos do ocupante. A proteção da parte baixa das pernas do motorista também foi ruim, devido aos altos níveis de deslocamento dos pedais e a atuação pobre do compartimento para pés e o chão.

As instruções de instalação das cadeiras infantis não ficaram unidas a elas e as cadeiras recomendadas eram incompatíveis com o sistema dos cintos de segurança do carro. Também não foi possível desativar o airbag do ocupante da frente para permitir a instalação de uma cadeira infantil no banco da frente.

Gol Trend 1.6 sem airbag: o carro teve uma estrela para a segurança dos adultos e duas para a segurança das crianças. A baixa classificação foi por causa do alto risco de lesões mortais para a cabeça do motorista apresentado pelo volante. Além disso, foi impossível para o sistema de retenção evitar o impacto do volante no peito do motorista.

As instruções de instalação das cadeirinhas eram insuficientes e não ficavam unidas a elas. Além de as cadeirinhas recomendadas terem sido incompatíveis com o sistema de cintos de segurança do carro.

Polo com airbag duplo: o carro foi classificado com quatro estrelas para a segurança dos adultos e três para a das crianças. Foram observadas estruturas perigosas na área do painel e console central para os joelhos dos passageiros. Apesar de o desempenho da cadeirinha ter sido adequado, o carro não oferecia nenhuma advertência quanto aos perigos associados à instalação de uma cadeirinha infantil olhando para trás no banco do acompanhante com um airbag ativo.

Fonte: Infomoney