Uso de assentos
especiais no carro para crianças de até 7 anos e meio é obrigatório por
lei. Mas convencer o filho a ficar no equipamento nem sempre é tarefa
fácil.
Quem tem criança em casa já deve saber que o uso de cadeirinhas
especiais no carro é obrigatório no Brasil desde 2010. O equipamento é a
única forma segura de transportar uma criança no veículo. O problema é
que nem sempre os filhos colaboram. Na hora de ir para a cadeirinha,
eles ficam inquietos, irritados e se recusam a permanecer no assento.
Para evitar a choradeira e garantir a segurança deles, os pais podem
tomar algumas providências.
Normalmente, os problemas começam por volta dos 2 anos de idade,
quando a criança passa a ter vontades próprias, mas ainda não compreende
que o uso da cadeirinha é importante. Antes de tentar qualquer
argumento, é preciso se certificar de que o equipamento está instalado
corretamente, pois é possível que a criança se sinta desconfortável se
alguma coisa estiver fora do lugar. As instruções do fabricante fornecem
as informações específicas para cada modelo e devem ser seguidas à
risca.
Para a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra
Françóia, o ideal é habituar a criança à cadeirinha desde bem cedo.
Assim, ela aprenderá que aquele é o lugar dela e não reclamará. “Se a
criança for colocada na cadeirinha desde o primeiro dia de vida, vai
crescer acostumada com o equipamento”, afirma. O processo de
familiarização com a cadeirinha pode começar dentro de casa. “Os pais
podem fazer a interação com a cadeirinha, a partir de brincadeiras
dentro de casa, relacionando o equipamento a momentos divertidos”,
sugere Alessandra.
Regra é regra
O percurso pode ser curto, até a padaria, o supermercado ou a casa da avó. Mesmo assim, é imprescindível que os pais assumam a autoridade na hora de manter a regra em qualquer situação. “Eles não podem abrir exceções. O uso da cadeirinha é inegociável”, afirma Alessandra. Por outro lado, viagens longas exigem paciência dos pais. Qualquer criança vai ficar incomodada se for mantida dentro de um carro por horas a fio. Nesses casos, Alessandra sugere paradas frequentes, para que a criança saia do carro e se distraia um pouco.
O percurso pode ser curto, até a padaria, o supermercado ou a casa da avó. Mesmo assim, é imprescindível que os pais assumam a autoridade na hora de manter a regra em qualquer situação. “Eles não podem abrir exceções. O uso da cadeirinha é inegociável”, afirma Alessandra. Por outro lado, viagens longas exigem paciência dos pais. Qualquer criança vai ficar incomodada se for mantida dentro de um carro por horas a fio. Nesses casos, Alessandra sugere paradas frequentes, para que a criança saia do carro e se distraia um pouco.
Dentro do veículo, o entretenimento pode ser garantido com músicas e
brinquedos. “Os pais podem dar brinquedos que não tragam riscos em caso
de freadas bruscas, ou colocar DVDs de que a criança goste”, ensina a
psicóloga Juliana Helena Silvério, que trabalha com terapia
comportamental infantil. Outra dica da terapeuta é cantar junto com a
criança.
Em caso de choro, Juliana sugere que os pais esperem até que a
criança se acalme, oferecendo algo para beber ou um brinquedo para
distraí-la, mas sempre mantendo o filho na cadeirinha. “A mensagem para a
criança deve ser de que o carro só se movimenta se ela estiver na
cadeirinha”, explica. Segundo ela, a criança que é ensinada a usar a
cadeirinha desde muito pequena e em qualquer circunstância, raramente
reclama. “Quando reclama, geralmente é devido a outros problemas que não
a cadeirinha, como fome, sono, irritação ou doença”, explica.
Equipamento reduz em 71% o risco de morte
Em 2010, segundo o Ministério da Saúde, 685 crianças de até 14 anos morreram e 3.673 foram internadas vítimas de acidentes como passageiras de veículos. Após um ano da obrigatoriedade, a cadeirinha reduziu em mais de 40% as mortes de crianças com até 7 anos em acidentes de carro no Brasil, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Em 2010, segundo o Ministério da Saúde, 685 crianças de até 14 anos morreram e 3.673 foram internadas vítimas de acidentes como passageiras de veículos. Após um ano da obrigatoriedade, a cadeirinha reduziu em mais de 40% as mortes de crianças com até 7 anos em acidentes de carro no Brasil, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Multa
A legislação diz que menores de 10 anos de idade devem ser transportados no banco traseiro. Até os 7 anos e meio, as crianças precisam estar em equipamento de retenção adequado ao peso e à idade. A falta do dispositivo pode render multa de R$ 191,54 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além da apreensão do veículo para regularização.
A legislação diz que menores de 10 anos de idade devem ser transportados no banco traseiro. Até os 7 anos e meio, as crianças precisam estar em equipamento de retenção adequado ao peso e à idade. A falta do dispositivo pode render multa de R$ 191,54 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além da apreensão do veículo para regularização.
No Paraná, dados do Detran mostram que entre setembro (quando a lei
passou a vigorar) e dezembro de 2010 foram aplicadas, em média, 479
multas por mês por transporte irregular de crianças. Em 2011, essa média
subiu para 504 multas mensais. Em 2012, até maio, foram 569 multas a
cada mês.
Fonte: Gazeta do Povo
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