Motor deverá perder potência. Atualmente, derivado de petróleo tem 25% de etanol. E deverá receber 27,5%
O aumento da mistura de etanol na gasolina passa por avaliação pelo
governo e, se for aprovada, afetará principalmente os motores movidos a
gasolina.
Atualmente o litro da gasolina possui 25% de etanol anidro, mas o governo avalia proposta de ampliar a mistura para 27,5%.
A nova mistura é proposta pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que representa usinas da região centro-sul do país.
Caso a nova mistura seja aprovada, os carros 100% movidos a
gasolina serão afetados. “A potência do motor será reduzida”, afirma o
engenheiro mecânico José Fraga.
Segundo ele, o etanol tem menor poder calorífico e, assim, o motor movido a gasolina rodará com menos potência.
Além da menor potência, componentes do veículo também podem ser afetados pela maior presença de etanol.
“Mas não é possível saber como e em quanto tempo essa mistura
prejudicará o motor”, emenda. “Para saber isso, será preciso fazer
avaliação após o veículo rodar com a nova mistura.”
Flex
A proposta de 27,5% de etanol poupará os carros flex, conforme o mecânico Afonso Paula, porque esses estão aptos a rodar com maior presença do derivado de cana.
A proposta de 27,5% de etanol poupará os carros flex, conforme o mecânico Afonso Paula, porque esses estão aptos a rodar com maior presença do derivado de cana.
Ribeirão Preto possui uma frota estimada atualmente em 471,4 mil
veículos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
O levantamento não especifica o número de veículos flex, a gasolina e
a etanol. Mas o número de modelos 100% movidos ao derivado de petróleo é
grande em Ribeirão porque integra modelos fabricados de 2.002 para cá. E
os carros importados também são a gasolina.
Em nota publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira
(11/04), o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Luiz Moan, se declarou contrário ao aumento da
mistura de etanol na gasolina para 27,5%, por motivos técnicos e
ambientais.
Em nota, a Unica considera a posição da Anfavea “equivocada e
precoce, já que o governo ainda está analisando estudos que formarão a
base da decisão final sobre a mistura.”
Segundo a Unica, peças e componentes que entram em contato
com o combustível devem suportar o aumento na mistura, já que há vários
anos se pratica no Brasil o limite final de 26%.
Para a Unica, combustível pode baixar de preço
Para a Unica, a maior mistura de etanol na gasolina permitirá reduzir o preço desse combustível nos postos.
“Qualquer aumento na mistura de etanol na gasolina significa a
substituição de um componente, a gasolina pura que na refinaria custa R$
2,40 o litro, por outro, o etanol anidro vendido pelo produtor por
cerca de R$ 1,50”, explica a presidente da Unica, Elizabeth Farina, em
nota.
“Essa diferença permite, potencialmente, algum recuo no preço final da gasolina na bomba,” emenda.
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