Bateu
o carro, mas o para-choque voltou à sua posição original? Às vezes,
depois de bater o carro, o motorista sai do veículo para ver o tamanho
do estrago e fica feliz por não notar nenhum dano aparente.
Mas será mesmo que o carro não sofreu nenhum dano?
Caso a colisão não tenha sido muito forte, pode ser que o para-choque
absorva parte da energia do impacto e volte à sua posição inicial. Esse
efeito é chamado de deformação elástica: a peça plástica amassa, mas
depois volta ao design original. Ok, deve estar tudo bem com o
para-choque. Mas e as peças que estão atrás deles? Como saber se a
batida não atingiu outros componentes? Na rua, após a colisão, não
conseguimos fazer essa análise, porque o para-choque está encobertando
possíveis danos nos componentes internos.
Ou seja, mesmo naquela batidinha que parece não ter feito nada, o
proprietário do veículo deve, sim, levá-lo à uma oficina - para que se
retire o para-choque e seja feita uma análise mais aprofundada.
A grande preocupação é que existem componentes que são desenvolvidos
justamente para absorver parte da energia do impacto em colisões,
protegendo outros componentes mais importantes. Um exemplo é a travessa
com crash-box, uma peça desenvolvida para ser mesmo danificada em um
impacto, protegendo assim a longarina do veículo e peças mecânicas como o
radiador, que possuem custo mais elevado que a própria travessa.
Se o crash-box for danificado naquela batidinha, ele não vai mais
proteger essas peças numa próxima batida. Pode ser até que o acionamento
das bolsas infláveis do airbag seja alterado, colocando em risco a
segurança dos passageiros.
Ah, e anote os dados da pessoa que bateu no seu carro em qualquer
hipótese. Você não sabe ainda qual será o diagnóstico (e o custo) na
oficina.
Fonte: CESVI
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