O motorista
que sempre usa o veículo com pouco combustível no tanque, na chamada
reserva, pode estar comprometendo o seu funcionamento e gerar um alto
custo no momento da manutenção. E o principal item que pode ficar
prejudicado é a bomba de combustível.
Em uma oficina de uma concessionária de carros em Itapetininga
(SP), é comum clientes chegarem com a peça queimada. Ela faz parte do
sistema de distribuição de combustível e sem uso, o veículo fica sem
funcionar. A peça é elétrica e para de funcionar quando falta álcool ou gasolina,
responsáveis por manter a temperatura do equipamento. Com o nível de
combustível baixo, a bomba sofre um superaquecimento e acaba danificada.
A bomba custa, em média, R$ 900. Caso a peça não tenha sido
totalmente danificada, é possível trocar apenas o refil, cerca de R$
200, gastos maiores se caso o motorista evitasse andar com o carro com pouco combustível.
Dario Barth Rodrigues, gerente de pós vendas, explica que o
ideal é abastecer com, no mínimo, um quarto do tanque. Isso evita danos
na bomba e também previne que o veículo deixe o motorista “na mão” por
falta de combustível.
O mecânico Wilhelm Hartze recomenda que o motorista sempre faça a
manutenção do motor do carro. “Os itens básicos de manutenção do motor
são filtro de ar e combustível, óleo do motor dentro do período de
vencimento e sempre no nível indicado, cabos e velas. Isso são
necessários para a economia de combustível”.
Hartze explica que, para os carros chamados “flex”, que podem usar
álcool e gasolina, o ideal é que o proprietário troque o tipo de
combustível quando o outro estiver no fim. “é bom também que o motorista
rode pelo menos 15 minutos para que o sistema eletrônico do carro
reconheça o combustível usado”. O mecânico conta que se o sistema não
reconhecer o combustível, pode haver dificuldade de ligar o carro ou ter
um aumento no consumo de combustível porque o sistema não reconheceu
qual está sendo usado.
Ainda falando em economia de combustível, ele relata que não adianta
colocar o carro em ponto morto durante um trecho de descida. “Isso é uma
lenda. Não vai ter economia. O sistema vai entender que está na marcha
lenta e vai injetar mais combustível para tentar regular. Se continuar
engatado, sem acelerar, o carro reconhece que está na descida e vai
diminuir o uso do combustível. Aí sim economiza”.
FONTE: Trânsito Manaus
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