Na última semana, a imprensa internacional divulgou que os carros
produzidos no Brasil são inseguros. A recente reportagem da agência AP
(Associated Press), replicada mundialmente aponta os carros brasileiros
como “comprovadamente letais” por não atenderem a quesitos
internacionais mínimos de segurança.
O texto levanta a polêmica sobre a qualidade dos veículos produzidos para o mercado brasileiro por conta de seus resultados no Latin NCAP (sigla para “New Car Assisstment Program” ou “Programa de Avaliação de Carros Novos”). Baseado no modelo europeu, a versão latina do NCAP realizou testes com 28 modelos que circulam em países da América Latina há três anos.
De acordo com o relato, a péssima avaliação dos carros brasileiros nos testes do Latin NCAP se deve às “soldas mais fracas, itens de segurança escassos e materiais de qualidade inferior quando comparados a modelos similares fabricados para os consumidores norteamericanos e europeus”.
Como é feito o teste
Nos crash tests (testes de impacto), cada carro é submetido a uma colisão frontal a 64 km/h contra um obstáculo deformável, que simula outro veículo. Eles são avaliados em número de estrelas, que vão de cinco, quando a segurança é ideal para os ocupantes, a zero, para os mais inseguros.
Para selecionar os modelos, o NCAP se baseia no volume de vendas de mercado de nove países da América do Sul e Central. No entanto, os procedimentos do Latin NCAP não são tão completos como a versão europeia do programa, que determinam a classificação final a partir de cinco testes diferentes: frontal, lateral, de posto, sobre o pescoço (efeito chicote) e pedestres. A extensão latina do programa usa apenas o teste frontal para classificar os modelos, e se justifica por estar ainda em sua etapa inicial e espera realizar testes mais completos no futuro.
Já no mercado chinês, onde os modelos são avaliados de acordo com o C-NCAP, a pontuação se baseia em três testes de colisão: frontal contra uma barreira a 50 km/h, frontal contra uma barreira deformável a 40 km/h e impacto lateral a 50 km/h.
É interessante observar que os resultados do Euro-NCAP e do C-NCAP dificilmente reprovam os modelos avaliados. Em 2012, por exemplo, dos dez automóveis de fabricação chinesa avaliados pelo C-NCAP, todos conseguiram a pontuação máxima de cinco estrelas.
Avanço ainda longe do ideal
A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, esclarece que os carros brasileiros são avaliados pelo Latin NCAP seguindo as normas europeias de segurança veicular. “Os carros são comprados aqui e enviados para o laboratório do NCAP na Alemanha, onde são realizados os crash testes” explica. Em 2012, foram testados modelos como o Ford Ecosport, o Renault Sandero, Toyota Etios e Hyundai HB20.
Vale lembrar também que os modelos nacionais registraram um leve avanço em comparação com o início dos testes do NCAP, em 2010. “Dos dez veículos analisados em 2012, seis obtiveram quatro estrelas, de um total de cinco” afirma. No entanto, para a coordenadora institucional da Proteste, o resultado ainda está longe do ideal. “É importante mudar a consciência dos brasileiros sobre a necessidade do veículo ser seguro para todos os ocupantes. Para isso, itens como o freio ABS e o airbag precisam vir de série em todos os modelos comercializados por aqui” ressalta Dolci.
Nos EUA, só Subaru Forester se destaca entre os SUVs
Já nos EUA, dois órgãos normatizam os testes de segurança de impacto dos veículos comercializados por lá. O IIHS (Insurance Institute for Highway Safety, ou Instituto de Seguros de Segurança de Autoestradas) e o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration).
O IIHS divulgou o resultado dos testes realizados com os 13 SUVs compactos mais vendidos no mercado norteamericano. A modalidade utilizada no teste foi a “small overlap” (que é o choque de quina contra um obstáculo pequeno a 64 km/h), que é um dos tipos mais comuns de colisão, pois o motorista sempre acaba virando o volante para desviar do obstáculo. Na avaliação, o Subaru Forester 2014 foi o único a receber o conceito “good” (grau máximo considerado pela entidade).
O texto levanta a polêmica sobre a qualidade dos veículos produzidos para o mercado brasileiro por conta de seus resultados no Latin NCAP (sigla para “New Car Assisstment Program” ou “Programa de Avaliação de Carros Novos”). Baseado no modelo europeu, a versão latina do NCAP realizou testes com 28 modelos que circulam em países da América Latina há três anos.
De acordo com o relato, a péssima avaliação dos carros brasileiros nos testes do Latin NCAP se deve às “soldas mais fracas, itens de segurança escassos e materiais de qualidade inferior quando comparados a modelos similares fabricados para os consumidores norteamericanos e europeus”.
Como é feito o teste
Nos crash tests (testes de impacto), cada carro é submetido a uma colisão frontal a 64 km/h contra um obstáculo deformável, que simula outro veículo. Eles são avaliados em número de estrelas, que vão de cinco, quando a segurança é ideal para os ocupantes, a zero, para os mais inseguros.
Para selecionar os modelos, o NCAP se baseia no volume de vendas de mercado de nove países da América do Sul e Central. No entanto, os procedimentos do Latin NCAP não são tão completos como a versão europeia do programa, que determinam a classificação final a partir de cinco testes diferentes: frontal, lateral, de posto, sobre o pescoço (efeito chicote) e pedestres. A extensão latina do programa usa apenas o teste frontal para classificar os modelos, e se justifica por estar ainda em sua etapa inicial e espera realizar testes mais completos no futuro.
Já no mercado chinês, onde os modelos são avaliados de acordo com o C-NCAP, a pontuação se baseia em três testes de colisão: frontal contra uma barreira a 50 km/h, frontal contra uma barreira deformável a 40 km/h e impacto lateral a 50 km/h.
É interessante observar que os resultados do Euro-NCAP e do C-NCAP dificilmente reprovam os modelos avaliados. Em 2012, por exemplo, dos dez automóveis de fabricação chinesa avaliados pelo C-NCAP, todos conseguiram a pontuação máxima de cinco estrelas.
Avanço ainda longe do ideal
A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, esclarece que os carros brasileiros são avaliados pelo Latin NCAP seguindo as normas europeias de segurança veicular. “Os carros são comprados aqui e enviados para o laboratório do NCAP na Alemanha, onde são realizados os crash testes” explica. Em 2012, foram testados modelos como o Ford Ecosport, o Renault Sandero, Toyota Etios e Hyundai HB20.
Vale lembrar também que os modelos nacionais registraram um leve avanço em comparação com o início dos testes do NCAP, em 2010. “Dos dez veículos analisados em 2012, seis obtiveram quatro estrelas, de um total de cinco” afirma. No entanto, para a coordenadora institucional da Proteste, o resultado ainda está longe do ideal. “É importante mudar a consciência dos brasileiros sobre a necessidade do veículo ser seguro para todos os ocupantes. Para isso, itens como o freio ABS e o airbag precisam vir de série em todos os modelos comercializados por aqui” ressalta Dolci.
Nos EUA, só Subaru Forester se destaca entre os SUVs
Já nos EUA, dois órgãos normatizam os testes de segurança de impacto dos veículos comercializados por lá. O IIHS (Insurance Institute for Highway Safety, ou Instituto de Seguros de Segurança de Autoestradas) e o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration).
O IIHS divulgou o resultado dos testes realizados com os 13 SUVs compactos mais vendidos no mercado norteamericano. A modalidade utilizada no teste foi a “small overlap” (que é o choque de quina contra um obstáculo pequeno a 64 km/h), que é um dos tipos mais comuns de colisão, pois o motorista sempre acaba virando o volante para desviar do obstáculo. Na avaliação, o Subaru Forester 2014 foi o único a receber o conceito “good” (grau máximo considerado pela entidade).
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