Mesmo apontada como uma das principais soluções para o trânsito nas grandes cidades,
inclusive Curitiba, a bicicleta elétrica ainda patina na legislação
sobre a regulamentação de seu uso. Ainda não ficou claro como os
municípios devem considerá-la e há equívocos sobre de que forma os
usuários precisam se comportar no trânsito. Enquanto isso fica a
pergunta: “trata-se de veículo de propulsão humana com ajuda elétrica ou um veículo automotor com ajuda humana?”.
“O tratamento que somos obrigados a dar às bicicletas
elétricas é de ciclomotor, que tem legislação própria”, afirma o
secretário municipal de Trânsito, Marcelo Araújo, citando determinação
do Código Brasileiro de Trânsito. A lei prevê que a condução destes
veículos exige habilitação específica, uso de equipamentos de segurança,
registro do veículo, tráfego em vias ao invés de calçadas e ciclovias, e
ainda punição para possíveis crimes de trânsito. De acordo com o
Detran, nenhum centro de formação de condutores
no estado oferece formação para a autorização para conduzir
ciclomotores (ACC). Isto porque a procura é baixa e o motorista
habilitado na categoria A tem permissão para conduzi-los.
Além disso, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que
os municípios são os responsáveis por fiscalizar, registrar, licenciar,
aplicar as penalidades e arrecadar as multas decorrentes de infrações
deste tipo de veículo. No entanto, Araújo aponta outro problema que
complica ainda mais. “Nenhum município tem condição de formar o cadastro
para registro e licenciamento das bicicletas elétricas”, diz. Com a
falta de registro fica impossível vincular a multa a uma placa do
veículo.
Regulamentação
As bicicletas elétricas foram parar na Câmara de Curitiba, onde tramita um projeto de lei para a regulamentação da circulação destes veículos. De autoria da vereadora Julieta Reis (DEM), a proposta equipara as bicicletas elétricas às comuns e libera o uso das ciclovias. O argumento da vereadora é que os veículos não “ultrapassam 25 km/h e funcionam junto à propulsão humana aos ciclomotores”.
As bicicletas elétricas foram parar na Câmara de Curitiba, onde tramita um projeto de lei para a regulamentação da circulação destes veículos. De autoria da vereadora Julieta Reis (DEM), a proposta equipara as bicicletas elétricas às comuns e libera o uso das ciclovias. O argumento da vereadora é que os veículos não “ultrapassam 25 km/h e funcionam junto à propulsão humana aos ciclomotores”.
Venda sem restrições nas lojas
Porém, na avaliação do secretário Marcelo Araújo, a solução para o impasse que está se desenrolando em todo o País deve vir das instâncias federais. Só assim será possível definir exatamente em qual categoria de veículos serão encaixadas as bicicletas elétricas e quais serão as responsabilidades dos condutores.
Porém, na avaliação do secretário Marcelo Araújo, a solução para o impasse que está se desenrolando em todo o País deve vir das instâncias federais. Só assim será possível definir exatamente em qual categoria de veículos serão encaixadas as bicicletas elétricas e quais serão as responsabilidades dos condutores.
Enquanto não se define a regulamentação, as lojas vendem as
bicicletas elétricas como as tradicionais, sem restrições ao condutor.
“Explicamos que a regulamentação pode acontecer”, afirma o montador da
loja E-leeze, Egon Otto Zulauf. De acordo com ele, a procura pelos
veículos aumenta a cada dia. Mais de 200 bicicletas elétricas foram
vendidas pela loja e estão em circulação na cidade.
Fonte: Paraná-Online
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