Sair
mais cedo de casa para o trabalho, escolher caminhos alternativos para
chegar ao destino escolhido e fazer exercícios respiratórios antes de
conduzir um veículo pelas ruas e avenidas da cidade são algumas opções
para diminuir o nível de estresse causado pelo trânsito. É o que afirma a
psicóloga e servidora do setor de Educação para o Trânsito do
Detran-TO, Bárbara Moraes. “São dicas simples, porém que podem fazer a
diferença para um transitar mais tranquilo e menos estressante”.
O estresse é caracterizado como a doença do século XXI. De acordo com
um estudo realizado pela Associação Internacional do Controle do
Estresse (ISMA – International Stress Management Association), o Brasil é
o segundo país do mundo com níveis de estresse altíssimos. “O estresse
vem do desgaste e da tensão que sofremos no dia a dia. O excesso de
barulho, o sedentarismo, os congestionamentos, o calor ou até mesmo a
rapidez como as coisas acontecem e se modificam são alguns exemplos de
fontes de estresse no mundo moderno para os quais o nosso corpo ainda
não se adaptou”, explica Moraes.
O estresse no trânsito por muitas vezes pode levar a brigas,
discussões e até mesmo ocasionar acidentes e mortes. “Apesar de não
termos aqueles congestionamentos gigantescos como ocorrem nas grandes
metrópoles, temos algumas características que também geram grandes
níveis de estresse nas pessoas, como a falta de vagas disponíveis nos
estacionamentos, engarrafamentos nas rotatórias em horários de picos,
além, é claro, da imprudência e desrespeito de alguns condutores e
pedestres mal educados no trânsito”, explana Moraes.
Situações como as citadas acima podem ser evitadas. Sair 30 minutos
mais cedo para o trabalho ou andar com o vidro do carro fechado são
alternativas. “Evitar sair em horários de picos, trafegar na velocidade
correta da via e saber os momentos corretos para utilizar a buzina são
algumas dicas para fugir do estresse. Ouvir uma boa música e mentalizar
coisas positivas são técnicas que ajudam a relaxar”, esclarece.
O servidor público Jorge Cardoso da Fonseca, 36 anos, afirma que se
houvesse bom senso por parte dos condutores ocorreriam menos embates e
brigas no trânsito. “As pessoas se sentem donas das ruas e o desrespeito
se torna generalizado. É preciso antes de tudo educação e bom senso. É
necessário também não levar os problemas de casa e do trabalho para o
trânsito, senão viveremos numa guerra sem fim”.
A psicóloga do Detran-TO, Bárbara Moraes, conclui com uma reflexão
aos condutores e pedestres. “O trânsito é um espaço coletivo, por isso
respeitar o direito do próximo é o primeiro passo para a construção de
um transitar mais seguro, humano e tranquilo. Não podemos transformar os
nossos veículos em armas, por isso precisamos ter paciência e respeito
por todos que compartilham este ambiente público ao nosso lado”.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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