Mesmo com as vendas de veículos em alta nos últimos anos,
a idade média da frota é de 8 anos e 9 meses para automóveis, enquanto os comerciais leves
atingiram 7 anos e 8 meses, segundo levantamento do Sindipeças. O fato do
veículo estar com idade avançada não significa que está em más condições. Tudo
depende de como o motorista cuida dele. Para isso, é necessário fazer
manutenção preventiva, conforme indica o manual do fabricante, procurar oficina
de confiança e ficar atentos a alguns sinais de desgaste.
“No caso do motor, por exemplo, o desgaste de alguns componentes pode acabar
comprometendo o bloco e o eixo virabrequim, ocasionando prejuízo maior no bolso
dos consumidores”, afirma o engenheiro Ricardo Nonis, diretor do Conarem –
Conselho Nacional de Retíficas de Motores.
Segundo Nonis, a retífica normalmente é feita quando o veículo está com quilometragem elevada e
começa a apresentar alguns indícios, entre eles, excesso de fumaça expelida
pelo escapamento, alto consumo de óleo lubrificante, baixa potência e ruídos
anormais.
Na retífica o motor será desmontado para depois passar por processo de limpeza
dos componentes, usinagem, remontagem e regulagem. “A higienização é feita com
banhos químicos para eliminar resíduos de óleo, carvão e cola”, explica.
Em seguida as peças seguem para a usinagem em diferentes máquinas. “As
características do motor são todas restabelecidas após a retífica, tanto com
relação ao desempenho, quanto à durabilidade. Um motor retificado tem que
render e durar tanto quanto um motor novo”, finaliza.
Cuidados que podem evitar gastos desnecessários
Alguns hábitos diários podem evitar prejuízos no bolso dos proprietários de
automóveis, entre eles, a atenção no momento de abastecimento. “O
combustível adulterado com algum tipo de solvente ou água pode afetar o sistema
de injeção do motor”, salienta Nonis.
Diariamente, também é preciso verificar o nível de água, se há vazamentos em
mangueiras ou radiador, bem como observar o nível de óleo, o estado de
mangueiras e filtros.
Caso o veículo precise de reparos, a recomendação é levar a um mecânico de confiança.
Quando o motorista não tem um mecânico de confiança, é possível encontrar
retíficas ou oficinas nos sites das entidades – Conarem (www.conarem.com.br) e
Sindirepa-SP (www.sindirepa-sp.org.br).
Fonte: Jornal da Mídia
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