Um em cada três pedestres se distrai na hora de atravessar a rua,
inclusive cruzamentos movimentados e perigosos, porque está entretido
com seus celulares. Foi o que indicou um estudo da Universidade de
Washington, nos Estados Unidos. Para os autores, falar ao telefone e
trocar mensagens,
entre outras atividades, faz com que um indivíduo se arrisque ao
ignorar os semáforos, atravessar em lugar errado ou não olhar para os
dois lados da via.
Resultado: 30% dos pedestres atravessam a rua distraídos com o celular. Aqueles que o fazem ao mesmo tempo em que mandam mensagem são quatro vezes mais propensos a não seguir medidas de segurança
para atravessar a rua (olhar para os dois lados, atravessar na faixa de
pedestre, obedecer os semáforos), além de demorarem mais para fazer o
trajeto.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores passaram três meses
analisando o comportamento de pedestres em 20 cruzamentos movimentados
na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Ao todo, 1.102 pessoas de 25 a
44 anos foram observadas, sendo que a maioria (80%) estava sozinha
quando atravessou a rua. Apenas um em cada quatro pedestres obedeceu
todas as medidas de segurança na hora de atravessar — ou seja, obedecer
aos semáforos, atravessar na faixa de pedestres e olhar para os dois
lados.
Cerca de 30% das pessoas analisadas estavam mexendo no celular quando
atravessaram a rua — sendo que 10% estavam ouvindo música; 7%, mandando
mensagem de texto; 6% falando ao telefone; e o restante, realizando
outra atividade. De maneira geral, aquelas que estavam distraídas com os
celulares levaram mais tempo para atravessar a rua (até 1,3 segundo a
mais).
Torpedos - Os pesquisadores concluíram que mandar mensagem de texto é
a atividade mais arriscada de se fazer na hora de atravessar a rua.
Pessoas que faziam isso foram as que demoraram mais tempo (18% a mais do
que a média) para fazer a travessia e foram até quatro vezes mais
propensas a ignorar os semáforos, atravessar em lugar errado ou deixar
de olhar para os dois lados da via.
A partir dessas conclusões, publicadas nesta quarta-feira no
periódico Injury Prevention, do grupo British Medical Journal (BMJ), os
pesquisadores sugeriram que, assim como acontece com o álcool ao
volante, sejam consideradas medidas que controlem o uso dos aparelhos
móveis para pedestres.
Fonte: Veja
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