Sem
vetos, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira (20)
mudanças na chamada lei seca, endurecendo a fiscalização da embriaguez
ao volante. As mudanças serão publicadas na edição de hoje do "Diário
Oficial da União".
A proposta, que foi aprovada na noite de terça-feira pelo Senado,
torna válidos novos meios para identificar um condutor alcoolizado, além
do teste do bafômetro.
Há ainda uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que dobra a
multa aplicada a quem for pego dirigindo embriagado: dos atuais R$
957,70 para R$ 1.915,40, valor que pode dobrar em caso de reincidência
em um período de 12 meses.
O Planalto tinha até o dia 10 de janeiro para sancionar o projeto,
mas a presidente acelerou o trâmite da lei para que as novas medidas
passem a valer para as festas de fim de ano.
Entre os meios que passam a ser aceitos para comprovação da
embriaguez do motorista estão o depoimento do policial, vídeos, testes
clínicos e testemunhos de terceiros.
O agente de trânsito poderá ainda se valer de qualquer outro tipo de prova que puder ser admitida em tribunal.
Antes da mudança, era considerado crime dirigir sob a influência de
drogas e álcool -a proporção é de 6 dg/L (decigramas por litro) de
sangue-, mesmo sem oferecer risco a terceiros e o índice só pode ser
medido por bafômetro ou exame de sangue.
Como ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, é comum o
motorista se recusar a passar por esses exames, ficando livre de
acusações criminais.
Com a mudança no texto, o limite de 6 dg/L se torna apenas um dos
meios de comprovar a embriaguez do motorista. O crime passaria a ser
dirigir "com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de
álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência".
Ao condutor será possível realizar a contraprova, ou seja, se
submeter ao bafômetro ou a exames de sangue para demonstrar que não
consumiu acima do limite permitido pela legislação.
Ficam mantidas a suspensão do direito de dirigir por um ano para quem
beber qualquer quantidade e o recolhimento da habilitação e do veículo.
Fonte: UOL Notícias
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