Quando analisamos as estatísticas de acidentes envolvendo motos, os
números são impressionantes. Apesar de representar apenas 27% da frota
nacional, as motos estiveram envolvidas em sete de cada dez acidentes
indenizados em 2014 pelo DPVAT. O pior, dos acidentes envolvendo os
motociclistas, 20% são causados por eles próprios.
De acordo com as estatísticas oficiais, as maiores causas de
acidentes com motos são: falta de atenção do motociclista, impaciência,
andar entre veículos, manobras arriscadas na pista, pressa pra cumprir
metas/horários, avançar o sinal, desrespeito aos pedestres, falta de
capacitação para pilotar a moto e, por último, andar na contramão. “Isso
comprova que o comportamento afeta diretamente as estatísticas. Os
motociclistas, como os demais usuários do trânsito, devem ter
consciência de sua responsabilidade no trânsito, pois a maioria das
falhas humanas pode ser evitada, tomando-se alguns cuidados básicos”,
explica Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.
Um dos cuidados básicos a que se refere a especialista é o uso dos
equipamentos de segurança. “Os equipamentos de segurança, principalmente
o capacete, pode prevenir cerca de 69% dos traumatismos
crânio-encefálicos e 65% dos traumatismos da face. O capacete protege o
usuário desde que utilizado corretamente, ou seja, afivelado, com todos
os seus acessórios e complementos”, diz Sizilo. A viseira faz parte
desse conjunto de segurança. “As viseiras fazem parte do capacete e
protegem os olhos e parte da face contra impactos de chuva, poeira,
insetos, sujeira e detritos jogados ou levantados por outros veículos.
Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto causa um grande estrago se
o piloto não estiver suficientemente protegido”, diz.
Para a especialista, ainda há muitas mudanças no sistema de formação
de condutores que podem ajudar no processo de mudança de comportamento
dos motociclistas nas ruas. “Hoje, na prática, o motociclista não tem
contato com a via pública até pegar a Permissão para Dirigir (PPD). Ele
aprende a dominar a moto em circuito fechado, mas não tem em momento
nenhum, contato com os outros personagens do trânsito: motoristas,
pedestres, ciclistas e etc. Como desenvolver habilidades dessa forma?”,
pergunta Sizilo.
A capacidade intelectual do ser humano está classificadas em oito inteligências , para cada tarefa que realizamos utilizamos várias dessas inteligências. A habilidade de dirigir ou pilotar exige do motorista a utilização de todas as oito. “Ao aprender a dirigir corretamente estamos automatizando processos e reações. Quem aprende certo, automatiza certo. Por isso é muito importante esse aperfeiçoamento no processo de formação desses condutores”, conclui Sizilo
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