Proteste realizou o teste com cinco marcas, apenas uma foi aprovada. As outras quatro apresentaram riscos para as crianças
A falta de segurança das bicicletas infantis agora está comprovada. Dos cinco modelos avaliados pela Proteste,
 entidade que atua na defesa e no fortalecimento dos direitos dos 
consumidores brasileiros, apenas um não é perigoso, o da Caloi, e, por 
isso, foi o único aprovado.  
Problemas de segurança em rodinhas e freios
Nos protótipos das fabricantes Colli e Track & Bikes, as rodinhas
 auxiliares – acessórios imprescindíveis para ajudar a manter o 
equilíbrio – ficaram deformadas durante o teste de fadiga. Isso 
representa um grande e perigoso risco de queda para a criança ao andar 
de bicicleta.
Foram detectadas também falhas nos freios – casos do dispositivo 
dianteiro da marca Tito, que ultrapassa a força máxima de acionamento de
 frenagem, podendo causar um capotamento, e do traseiro da Track & 
Bikes, que demora muito até conseguir finalmente parar a bicicleta. 
Selim, garfo e correntes trazem riscos à criança  
Outro dos vários e sérios problemas de segurança avistados, que 
incluíram ainda rachaduras e rupturas no selim e no garfo, foi a falta 
de proteção das correntes, aumentando o perigo de dedos e cadarços 
ficarem presos entre esse acessório e as rodas.
Manuais incompletos dificultam montagem
Não bastasse o risco que as bicicletas oferecem à criança, elas ainda são difíceis de montar.
Além da omissão sobre detalhes de ajuste, os manuais não trazem 
informações básicas e expostas claramente sobre itens de igual 
importância, como manutenção, conservação e limpeza.
E apenas um deles – o da Tito – traz um dado elementar que deveria 
constar de todo guia: o peso total admissível na bicicleta.    
Recomendações
Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 136 crianças de até 14 anos 
morreram e 2.427 foram hospitalizadas vítimas de acidentes com 
bicicletas.  
Ao andar de bicicleta, um dos maiores perigos é a lesão na cabeça, 
que pode levar à morte ou deixar sequelas permanentes. A maneira mais 
efetiva de reduzir esse tipo de lesão é usar o capacete. Esta única 
medida de segurança pode reduzir este risco, incluindo a possibilidade 
de traumatismo craniano, em até 85%. "Não basta utilizar o capacete, ele
 deve estar bem afivelado, ser certificado pelo Inmetro e ter o tamanho 
adequado para a criança", afirma Celso Alves Mariano, diretor do 
Instituto Prevenir.
Além desses cuidados, existem outros que são muito importantes, de 
acordo com o especialista. "Para a criança a bicicleta é um brinquedo, e
 como os pequenos não tem noção ainda dos perigos existentes, eles não 
devem andar na rua, os pais devem optar por locais seguros, como 
parques, ciclovias e praças, longe do fluxo de carros e sempre ter a 
companhia de um responsável", conclui Mariano.
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