Acidentes
acontecem por falta de conhecimento e atenção, e os mais suscetíveis
são as crianças. Esses acidentes, ou lesões não intencionais, são a
principal causa de morte infantil no Brasil. No total, cerca de 4,7 mil
crianças, entre um e quatorze anos, morrem e 125 mil são hospitalizadas
anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. As principais causas
estão relacionadas à atividades realizadas no cotidiano, mas estudos
mostram que pelo menos 90% dessas lesões podem ser evitadas por meio de
ações preventivas. Confira abaixo cinco dicas de prevenção:
1.Vigilância constante perto da água
No Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte mais comum. É
importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas
como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a
andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco.
Assim, elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes,
banheiras e vasos sanitários. Por isso, um adulto deve supervisionar de
forma ativa e constante as crianças. Além disso, pequenos cuidados como
esvaziar baldes, manter a tampa do vaso sanitário fechada, proteger
piscinas com cercas de pelo menos um metro e meio de altura, portões com
cadeados e alarmes, fazem toda a diferença.
2.Cuidado redobrado com crianças na rua
A independência da criança deve ser incentivada, porém, na hora de
atravessar a rua, elas não devem ser deixadas sozinhas. Ensiná-las a
olhar várias vezes antes de atravessar, utilizar a faixa de pedestres,
caminhar em linha reta, obedecer aos sinais de trânsito e não correr sem
olhar para os lados, são pequenas dicas que evitam fatalidades.
3.Cadeiras, assentos e cinto de segurança são essenciais
A melhor proteção para a criança no carro é usar cadeiras e assentos
de segurança. O cinto é projetado apenas para adultos com no mínimo 1,45
metro de altura e por isso não protege os pequenos dos traumas de um
acidente. Os cuidados devem ser tomados mesmo que seja para curtas
distâncias. Dados apontam que 60% dos acidentes de trânsito acontecem em
um raio de três quilômetros de casa. Por isso a importância de não sair
de carro sem os sistemas de retenção.
Entretanto, não basta apenas comprar um desses artigos para garantir a
segurança da criança. As cadeiras precisam ser certificadas,
apropriadas ao peso e que se adaptem devidamente ao veículo. O
equipamento também deve ser instalado de acordo com as instruções do
manual.
4.Produtos tóxicos sempre trancados
Colocar objetos na boca ou tentar pegar frascos com líquidos
coloridos são comportamentos característicos das crianças, mas que podem
colocá-las em grande risco de envenenamento e intoxicação não
intencional. Segundo o Ministério da Saúde, o envenenamento é a quinta
causa de hospitalização por acidentes com crianças de um a quatro anos.
Guardar todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e
medicamentos trancados, fora da vista e do alcance das crianças; manter
os produtos em suas embalagens originais; nunca deixar produtos
venenosos sem atenção enquanto os usa; não se referir a um medicamento
como doce, pois isso pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou
que é agradável de comer; e saber quais plantas dentro e ao redor de
sua casa são venenosas, para removê-las ou deixá-las inacessíveis aos
pequenos, diminuem significativamente as chances de risco.
5.Sufocação e engasgamento também podem ser evitados
Dentre os acidentes, a obstrução das vias aéreas é a primeira causa
de morte de bebês de até um ano de idade. Até os quatro anos, a criança
fica muito exposta a este tipo de risco, pois é nesta fase que inicia a
exploração do mundo ao seu redor por meio dos sentidos - tato, audição,
paladar, visão e olfato. Esse tipo de acidente pode ser evitado por meio
de pequenas ações, como: cortar os alimentos em pedaços pequenos;
colocar o bebê para dormir de barriga para cima, em colchão firme,
cobertos até a altura do peito; procurar berços certificados pelo
Inmetro, conforme as normas de segurança da ABNT; remover do berço todos
os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver
dormindo, para reduzir o risco de asfixia; tirar do alcance das crianças
objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas e
tachinhas; comprar somente brinquedos apropriados para a idade,
verificando as indicações no selo do Inmetro.
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