Motoboys
não obedecem a resolução do Contran que só permite o carregamento de
gás de cozinha e galões de água mineral desde que sejam colocados em
sidecar (uma espécie de carrinho acoplado na moto). Moradores de bairros
e motoristas temerosos veem isto como um perigo que pode resultar em
graves acidentes na via pública.
De acordo com o assessor técnico do Departamento de Trânsito da Bahia
(Detran), major Genésio Luide, existe uma resolução do Contran nº
356, de 02 de agosto de 2010, que estabelece requisitos mínimos de
segurança para o transporte remunerado de passageiros (mototáxi) e de
cargas (motofrete) em motocicletas e motoneta.
Luide cita que o artigo 13 determina que “o transporte de carga em sidecar
ou semirreboques deverá obedecer aos limites estabelecidos pelos
fabricantes ou importadores dos veículos homologados pelo Denatran, não
podendo a altura da carga exceder o limite superior o assento da
motocicleta e mais de 40 (quarenta) centímetros”.
Legislação
E conforme o artigo 12 “ é proibido o transporte de combustíveis
inflamáveis ou tóxicos, e de galões nos veículos de que trata a Lei
12.009 de 29 de julho de 2009, com exceção de botijões de gás com
capacidade máxima de 13 kg e de galões contendo água mineral, com
capacidade máxima de 20 litros, desde que com auxílio de sidecar”.
Apesar desta legislação, a queixa de motoristas e moradores de
bairros é de que grande parte dos motoboys não está utilizando os
equipamentos adequados para a entrega, principalmente de gás.
Como comentou o farmacêutico Elias dos Santos Lima que já presenciou
um grave acidente, na semana passada, na Ladeira do Funil. Segundo ele,
o motoboy carregava vários botijões de gás que na hora da batida no
ônibus rolaram ladeira abaixo.
“No final da década de 1990 lembro que as distribuidoras de gás
faziam campanha para que o produto não fosse transportado em motos
devido ao grande perigo.Não entendo porque as empresas de gás permitem
agora que sejam transportados por motocicletas”, afirmou.
A dona de casa Vanda da Silva Reis, moradora de Brotas, conta que
fica apavorada com a velocidade. “Eles correm muito e não vemos a hora
de acontecer um acidente, até mesmo na porta da casa da gente. Vejo
carregarem até no colo o gás, por isto acho que deve haver uma
fiscalização mais rigorosa”, afirmou a dona de casa.
O bancário Agnaldo Lemos de Souza contou que outro dia quase que um
motoboy bate em seu carro. “Fiquei apavorado, não vi a hora de meu
carro ser atingido por um dos botijões. Ele vinha pela calçada, já que
estávamos na fila da sinaleira na Federação”, reclamou.
Fonte: Tribuna da Bahia
EM FLORIANO-PIAUÍ, CIDADE QUE TEM MUITOS LOMBADAS IRREGULARES ONDE OS MOTOQUEIROS ENTREGADORES DE GÁS PASSÃO EM ALTA VELOCIDADE CHEGANDO ATÉ MESMO A CAIR O BOTIJÃO.
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