Sabe
aquela famosa frase divulgada pelo Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran) durante a Semana Nacional de Trânsito de 2005 que dizia: No
trânsito, somos todos pedestres? Pois é, mas muitos motoristas,
motociclistas, caminhoneiros, ciclistas se esquecem de que, antes de
estarem em seus veículos, todos eles já foram pedestres.
Os dados confirmam essa realidade. Uma pesquisa realizada pela
Allianz Seguros no ano passado revelou que os pedestres são maioria
entre os mortos em acidentes de trânsito, sendo que 20 mil deles morrem
todo ano ao redor do mundo. Outro estudo realizado pela Companhia de
Engenharia de Tráfego de São Paulo feito em 2011 mostra que apenas pouco
mais de 10% dos motoristas respeitaram a prioridade dos pedestres.
Não respeitar o pedestre é uma infração de trânsito, prevista pelo
Código de Trânsito Brasileiro, artigo 214 que diz que deixar de dar
preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado, estando
na faixa a ele destinada; que não tenha concluído a travessia mesmo que
ocorra sinal verde para o veículo ou portadores de deficiência física,
crianças, idosos e gestantes é uma infração gravíssima, com valor de R$
191,54 e acréscimo de 7 pontos na carteira.
De fato, o respeito a faixa de pedestres “não pegou”. Isso porque no
último mês esse símbolo no trânsito completou 18 anos. Essa medida foi
adotada inicialmente em 1997, em Brasília que, aliás, juntamente com
Gramado, no Rio Grande do Sul e Balneário Camboriú, em Santa Catarina
são vistos como modelos no respeito à faixa, exemplo que deveria ser
seguido em todas as localidades do país.
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