Pesquisa revela que em 2016 será o terceiro colocado no ranking dos  maiores mercados de automóveis do mundo, de acordo com executivos de  grandes empresas do ramo. O levantamento foi realizado pela empresa KPMG  International.
Atualmente, o país ocupa a quinta posição entre os grandes mercados  para os veículos. A previsão é que encerre o ano de 2011 com 3,63  milhões de veículos vendidos, um recorde local, segundo estimativa da  Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A pesquisa, que contou com a participação de 200 executivos de várias  partes do mundo, mostra também que a expectativa é a de que até 2017 o  Brasil esteja exportando mais de 1 milhão de veículos ao ano. As vendas  externas brasileiras em 2011 devem ficar em 540 mil unidades, de acordo  com a Anfavea.
“O resultado da pesquisa demonstra claramente a imagem que o mercado  automobilístico de todo o mundo projeto para Brasil: a de um país com a  economia sólida e ótimas perspectivas para os negócios. Ao final, o  mercado automobilístico encontrou um lugar propício no Brasil”, afirma  Charles Krieck, sócio-líder das áreas de Industrial Markets e Audit da  KPMG no Brasil.
BRICs com 40% do mercado em 2016
Com a China liderando o mercado automobilístico, e Brasil e Índia em  franco crescimento na disputa pelo terceiro posto do ranking global, as  perspectivas são de que em 2016 os países do BRIC (grupo formado por  Brasil, Rússia, Índia e China) detenham mais de 40% do market share  mundial, segundo a pesquisa.
Outro tema abordado no levantamento está ligado à mobilidade urbana  nas grandes cidades do mundo. Em relação a este assunto, os pesquisados  avaliam que o mercado precisa estar atento a uma mudança significativa  que tende a ocorrer, em que o conceito de propriedade de veículos  tenderá a migrar ao de uso, tendo em perspectiva a evolução e  consolidação do uso compartilhado de automóveiscomo uma resposta a  questões ambientais, sociais, de mobilidade e de restrição de espaços  vinculadas à consolidação das megacidades.
Segundo indicações de 42% dos executivos brasileiros entrevistados, o  Brasil tem grande potencial para o chamado mercado de mobility services  (que inclui a o uso compartilhado de veículos), pois estimam que mais  de 25% dos habitantes do país devem estar usando tais serviços em 2026.
Veículos híbridos ainda superam carros elétricos
Para os pesquisados, os carros elétricos, também incluídos entre os  temas que envolvem questões ambientais, ainda têm um longo caminho a  percorrer para se tornarem uma realidade e, por isso, 65% dos  entrevistados acreditam que os veículos híbridos são, atualmente, uma  melhor solução. Este cenário tende a ser diferente na China e Japão,  onde, respectivamente, 33% e 46% dos executivos ouvidos disseram que os  carros elétricos, seguidos dos veículos movidos a célula de combustível,  serão os mais populares até 2025. Mesmo assim, a estimativa apurada no  estudo indica que teremos entre 9 e 14 milhões de veículos elétricos  circulando pelo mundo até 2026.
O desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para os  automóveis não é uma tendência apenas vinculada aos combustíveis, mas,  também, está se voltando à conectividade dos usuários. Para 60% dos  entrevistados, a indústria automobilística já está atrasada nesse  aspecto, pois se percebe que a expectativa desses usuários é a de ter em  seus carros as mesmas ferramentas de conectividade disponíveis em suas  casas.
Além disso, os pesquisados acreditam que a exploração desse novo  mercado ainda está em aberto. Apenas 30% dos executivos ouvidos dizem  acreditar que as empresas que produzem autopeças originais estarão  controlando esse mercado em 2025, seguidas de empresas de TI e  comunicações.
“Com os resultados obtidos na pesquisa, conclui-se que as montadoras e  os fornecedores de autopeças precisam investir em novas tecnologias,  soluções e inovações para contribuir com a evolução do mercado e também  para dar respostas às tendências destinadas a facilitar a mobilidade  urbana. Porém elas devem estar sempre atentas para planejar  adequadamente sua produção, evitando fabricar mais veículos do que a  capacidade de consumo da população (de acordo com a pesquisa, o excesso  global de produção atinge 5 milhões de unidades em 2011). E tudo isso  vai acontecer em um cenário de franco crescimento dos mercados  emergentes”, conclui Krieck.
Sobre o estudo
A Global Automotive Executive Survey 2012 – Managing growth while navigating uncharted routes (Pesquisa  Global do Setor Automobilístico – Gerindo o crescimento enquanto rotas  inexploradas são singradas) é baseada em apuração feita com 200  executivos do mercado automotivo mundial, sendo que mais de metade deles  tem nível de chefe de unidade de negócio ou superior. Entre os  entrevistados estão representantes dos fabricantes de veículos,  fornecedores, concessionários, assim como executivos de empresas de  serviços financeiros.
Do total, 47,5% dos executivos são da Europa, Oriente Médio e África;  31%, da região Ásia-Pacífico; e 21,5%, nas Américas. Dos participantes,  97,5% representam empresas com faturamento anual superior a US$ 100  milhões, e mais de um quinto deles trabalha para as empresas com  faturamento superior a US$ 10 bilhões. As entrevistas foram aplicadas  entre os meses de agosto e outubro de 2011. 
Fonte: Administradores.com.br
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