Os
responsáveis pelo transporte escolar podem ser obrigados a contratar
monitor treinado para orientar estudantes menores de 12 anos ou
deficientes com relação à segurança de trânsito durante as viagens e
auxiliá-los no embarque e desembarque do veículo.
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei (PL) 5596/09, do deputado Moreira Mendes (PSD-RR), que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).
Segundo o projeto, o auxiliar terá que apresentar a cada três anos uma
certidão negativa relativa aos crimes de roubo, estupro, homicídio,
corrupção de menor, tráfico de drogas e furto.
O Código de Trânsito, apesar de estabelecer normas para o transporte
coletivo escolar, não faz referência à presença de um monitor no
veículo. Já existem algumas leis municipais, mas como não há uma norma
federal, fica uma brecha na legislação. De acordo com o projeto, o
veículo que for flagrado sem o auxiliar devidamente habilitado será
apreendido e multado.
RiscosO relator do projeto, deputado André
Zacharow (PMDB-PR), acredita que, em geral, os transportes escolares,
principalmente no interior do País, apresentam altos riscos. Para o
deputado, a nova medida vai aumentar a segurança dos estudantes.
Segundo ele, a proposta vai dar "uma garantia, uma melhoria nesse
segmento que tem dado muito problema, principalmente nas zonas rurais,
no interior do País, onde esse transporte é feito de forma precária".
Problemas
Joana Darc da Silva é mãe da Emanuele, que tem 7 anos, e precisou contratar uma van escolar para levar a filha à escola. Joana afirma que o fato de não haver um responsável que prestasse assistência enquanto o motorista dirigia causou vários problemas.
Joana Darc da Silva é mãe da Emanuele, que tem 7 anos, e precisou contratar uma van escolar para levar a filha à escola. Joana afirma que o fato de não haver um responsável que prestasse assistência enquanto o motorista dirigia causou vários problemas.
Mais nova que as outras crianças, Emanuele apanhava dos colegas. "Ela
começou a apesentar sinais de agressividade em casa, chorava sempre.
Acabou que eu tive que tirá-la da van e sacrificar no serviço, no
sentido de chegar mais tarde e sair mais tarde, pra levá-la à escola.”
Na avaliação de Joana Darc, “se há várias crianças num transporte
escolar sem ninguém pra controlar, acontece de a criança não utilizar
cinto de segurança adequadamente. Eles comem dentro da van, podem
engasgar. Pode ocorrer outro tipo de acidente. E essa diferença de
idade, tem a questão da sexualidade. Eu acho isso extremamente
importante e é fundamental. Tem que ter".
Tramitação
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito. Depois, será votada pelo Plenário.
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito. Depois, será votada pelo Plenário.
Com informações da Agência Câmara
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