A indenização do DPVAT (seguro obrigatório) cobre apenas danos pessoais às  vítimas de acidentes de trânsito, mas não os prejuízos materiais com o  automóvel ou com a moto. Nesse caso, a proteção cabe aos seguros privados. Os  proprietários, porém, devem verificar quais as situações cobertas pelo plano  escolhido. No caso de enchentes e quedas de árvores, o motorista ainda pode  processar o responsável pela administração da via. Desde 2004, a Susep  (Superintendência de Seguros Privados), que fiscaliza as operações de seguro,  determinou que todos os planos básicos, com cobertura contra colisão, incêndio e  roubo, devam cobrir os veículos contra danos por submersão total ou parcial em  água doce, inclusive em caso de carros estacionados em subsolo. "Hoje, 99% dos  automóveis com seguro têm o plano completo", afirma Marcelo Sebastião, diretor  da Porto Seguro. Desde dezembro, a empresa registrou um crescimento de 30% nos  pedidos de indenização por alagamento. De acordo com Sebastião, o plano básico,  conhecido como cobertura compreensiva, também inclui sinistros causados por  chuva de granizo e quedas de árvores, de muros ou mesmo de um coco no capô. Só  em São Paulo, a Defesa Civil registrou, em média, uma queda de árvore por dia em  janeiro. Os principais "alvos" foram fiações elétricas e carros. Já os danos  causados por outros fenômenos da natureza, como terremotos e furacões, ou por  tumultos generalizados, como uma briga na saída de um estádio de futebol, não  são cobertos pela maioria dos planos. "São fatores de exclusão para quase todas  as seguradoras, que também fazem uma avaliação caso a caso. O cliente precisa  verificar o contrato". Se um tremor derrubar construções sobre  uma grande quantidade de carros, o seguro pode rejeitar o prêmio. No entanto, se  só um veículo for atingido, as seguradoras não costumam se opor ao pagamento.  Para quem teve o carro preso na enchente será ressarcido, mas alagamento em  água salgada é recusado pela seguradora, assim como em caso de veículos atolados  na areia da praia, pois é uma via fechada ao tráfego. Uma cobertura adicional  para tumultos e outros danos da natureza é difícil de ser encontrada e deixa a  apólice cara.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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