Muitos dos carros mais vendidos no Brasil são armadilhas fatais  para seus ocupantes caso se envolvam em colisões a velocidades  moderadas, constatou um estudo independente.
Testes conduzidos pelo Latin NCAP (programa de avaliação de carros  novos), afiliada regional de uma organização que conduz testes de  segurança em carros europeus, constataram que muitos modelos básicos não  têm airbags e possuem cabines com estruturas deficientes.
A maioria desses automóveis –incluindo modelos fabricados por  Volkswagen, Fiat, Chevrolet, Ford e Peugeot– obteve uma estrela, de um  máximo de cinco.
“Uma estrela –isso quer dizer motorista morto”, disse David Ward,  secretário geral da Global NCAP, organização vinculada à Fédération  Internationale de l’Automobile, uma organização internacional de  motoristas.
As mortes em acidentes rodoviários cresceram quase 25% em 2010, para  40.610, ante 2002, o ano em que começou o boom econômico brasileiro.
O Ministério da Saúde classifica o país em quinto lugar em termos de  fatalidades rodoviárias, atrás de Índia, China, Estados Unidos e Rússia.
“Os carros mais vendidos na América Latina têm níveis de segurança  que ficam 20 anos atrás dos padrões ‘cinco estrelas’ que se tornaram  comuns na Europa e na América do Norte”, informou a Latin NCAP em nota.
A organização realizou testes com os modelos básicos mais vendidos  antes de aceitar modelos que incluíam airbags. Isso porque os carros com  airbags e freios antitravamento têm preços significativamente mais  altos, o que leva o comprador a optar por versões mais baratas.
Entre as principais montadoras presentes no Brasil, a versão básica  do Gol 1.600 da Volkswagen, o modelo mais vendido no país, obteve uma  estrela no teste de colisão, realizado a 64 km/h.
O Gol equipado com airbags obteve três estrelas no teste –o que permitiria a sobrevivência dos ocupantes em uma colisão.
OUTRO LADO
“A Volkswagen é pioneira na implementação de um centro de desenvolvimento para a segurança dos veículos no Brasil”, afirmou a companhia, defendendo seu histórico de segurança em resposta aos testes.
OUTRO LADO
“A Volkswagen é pioneira na implementação de um centro de desenvolvimento para a segurança dos veículos no Brasil”, afirmou a companhia, defendendo seu histórico de segurança em resposta aos testes.
“É claro que um carro sem airbag não atinge o mesmo desempenho de um  veículo equipado com airbag, em testes de colisão”, afirmou a VW.
Ford e GM se recusaram a comentar. A Fiat, a Fenabrave (associação  dos distribuidores de automóveis brasileiros) e a Anfavea (a organização  setorial das montadoras) não atenderam a pedidos de entrevista.
Fonte: Folha.com
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