A cidade de Teresina é 43ª cidade mais violenta para jovens do Brasil, segundo pesquisa divulgada na manhã desta terça-feira (24) pelo Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no qual fiz parte aqui em Floriano. A pesquisa apontou também que 88% dos jovens brasileiros já viram corpos de pessoas assassinadas. O levantamento, divulgado foi realizado com 5.182 jovens de 12 a 29 anos, de ambos os sexos, em 31 municípios de 13 Estados brasileiros. No Piauí, apenas Teresina aparece entre as mais violentas, onde a vulnerabilidade para jovens é alta. . Além disso, 64% costumam ver pessoas não-policiais com arma de fogo. "O resultado é comovente. Demonstra que o caminho de construção das políticas para Segurança Pública deve ser por outro paradigma", disse o ministro da Justiça, Tarso Genro, em coletiva de imprensa. Dentre os municípios pesquisados, os que foram considerados mais perigosos para os jovens são, nessa ordem, Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Jaboatão dos Guararapes (PE). Em Teresina, a vulnerabilidade da juventude em relação à violência é de 0,451; o indicador de mortalidade por homicídio é 0,271; o indicador de mortalidade por acidente de trânsito é de 0,389; o indicador de frequência à escola e emprego é de 0,475; o indicador de pobreza é de 0,623; e o indicador de desigualdade é de 0,554. Já as cidades menos perigosas são São Carlos (SP), São Caetano do Sul (SP), Franca (SP), Juiz de Fora (MG), Poços de Caldas (MG) e Bento Gonçalves (RS). Nota-se ainda que os municípios que menos investem em segurança pública são exatamente aqueles que mais expõem seus jovens à violência. Na prática, constata-se que nas cidades em que a vulnerabilidade juvenil é muito alta, a despesa gasta em segurança pública em 2006 foi R$ 3.700 por habitante, enquanto nos municípios com índices baixos esse valor ficou em R$ 14,4 mil por habitante. "Pelo dados, a questão exposição é mais aguda no Nordeste e no Norte, mas o problema está no Brasil inteiro. Nossa abordagem é que a vulnerabilidade não é só violência e crime, mas também fatores como acesso à escola, pobreza e acidentes de trânsito. Essas são algumas constatações apresentadas por dois trabalhos coordenados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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